APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Universidades: reconhecimento necessário

Uma adequada avaliação mostra a boa qualificação dos professores da UFBA e UFRB.

A aplicação de sanções pelo MEC a alguns cursos em decorrência de uma avaliação negativa preliminar, que teve erros apontados, é manifestação de arrogância ou insensibilidade burocrática.

Esta é a nossa posição diante de notícias de que o MEC determinou que 6 cursos da UFBA e 1 da UFRB não podem ampliar a quantidade de vagas no vestibular de 2013 por terem recebido nota inferior a 3 (o máximo é 5) na avaliação. Esta “punição” expressa uma injustiça que a explicitação dos critérios e a correção dos erros na avaliação, devem reparar. Identificamos, por exemplo, atribuição de nota zero ao corpo docente de curso “esquecendo” que a grande maioria dos professores possuem doutorado, o critério definidor na área. Isto sem contar com a produção dos professores no ensino, pesquisa e extensão.

Além disto, a avaliação do MEC cria um paradoxo. O ENADE avalia cursos a partir de notas atribuídas aos alunos em prova que, por protesto ou outros motivos, eles podem entregar em branco, sem nenhum prejuízo para si. Uma adequada verificação do nível de conhecimento retiraria dos cálculos as provas em branco. A mudança de atitude dos alunos, do protesto para o preenchimento, já resultou, em anos anteriores, em mudanças na avaliação dos cursos.

Conhecendo a qualidade dos professores não desconhecemos que existem problemas a enfrentar, decorrentes, inclusive, da expansão da Universidade. Prédios cuja construção ou reforma devem ser concluídos; equipamentos a adquirir ou instalar, concursos a realizar, melhoria das condições para pesquisas que, conforme mostram os dados, se concentram nas Universidades públicas. Anuncia-se que comissão de MEC virá, em janeiro, para avaliar as faculdades onde os cursos receberam notas inferiores a três. Devemos acompanhar seus trabalhos, cobrando, critérios justos de avaliação e reconhecimento do trabalho dos professores e reivindicando melhores condições de trabalho na luta que professores, estudantes e servidores técnicos administrativos tem mantido por uma UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATÚITA E DE QUALIDADE.

Cláudia Miranda

Presidente

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