APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Encontro em Córdoba defende universidade pública como um direito na América Latina e Caribe

O Encontro Latinoamericano contra o neoliberalismo por uma universidade democrática e popular marcou a posição dos setores progressistas sobre os rumos da educação superior na América Latina e Caribe. Mais de mil estudantes, professores, trabalhadores e sindicatos de vários países lotaram o auditório da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Córdoba, na Argentina, neste domingo, 10, em um evento que foi uma demonstração de força da esquerda argentina contra o governo neoliberal de Mauricio Macri.

O encontro antecedeu a III Conferência Regional de Educação Superior (CRES 2018) que será realizada de 11 a 15 de junho na Universidade de Córdoba. Esta edição da CRES comemora o centenário da reforma universitária de 1918, também realizada em Córdoba, e acontece na mesma semana em que se vota a legalização do aborto na Argentina, e em que se mobilizam trabalhadores e trabalhadoras contra a política de Macri, com foco no acordo do governo com Fundo Monetário Internacional (FMI) e na política do salário mínimo.

No evento deste domingo, especialistas debateram com movimentos sociais os rumos da educação no continente, reafirmando a premissa fundamental de defender a educação superior pública como direito universal e dever dos Estados, tema que deve pautar também a CRES. O PROIFES-Federação estava presente no encontro com 25 professores e segue nos debates da conferência regional.

Confira no vídeo a plenária final do encontro latino-americano com a presença de Boaventura de Sousa Santos. O sociólogo apontou como fundamental a democratização da universidade para enfrentar o neoliberalismo que chamou de “uma mentira”. Segundo o professor, uma referência no debate sobre a democracia, o papel dos movimentos sociais e pós colonialismo, “democratizar a universidade é ‘desmercantilizar’, descolonizar, descapitalizar e ‘despatriarcar’ a universidade. Precisamos, em vez de uma universidade, uma pluriversidade”, disse defendendo uma universidade feminista, plurirracial, pública e que consiga subverter padrões coloniais de educação.

Texto e Imagens: PROIFES-Federação

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