APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Apub e PROIFES se movimentam em defesa do PIBID

Professoras/es do ensino superior e básico, estudantes de licenciatura e entidades ligadas à educação, entre elas a Apub Sindicato, estão protagonizando um importante movimento político em defesa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, que mais uma vez está sendo ameaçado, desta vez pela proposição do MEC de que, em suma, os/as estudantes de licenciatura façam estágios como docentes sem a devida supervisão, metodologia antagônica à do Programa. Na manhã de hoje (07), a diretora da Apub, Raquel Nery participou de Audiência Pública sobre o Pibid. Também esteve presente a professora Alessandra Assis, também da Faculdade de Educação da UFBA, junto com a caravana da Bahia que contou com estudantes de licenciatura e professores/as do ensino básico. Além do apoio à ida das professoras, a Apub garantiu algumas articulações com a bancada baiana no Congresso para buscar apoio na defesa do Programa. Localmente, o sindicato tem buscado tem apoiar as ações promovidas em torno desta luta. A professora Raquel, que já atuou como coordenadora do Programa, explanou na audiência sobre a consolidação do Pibid como uma experiência única e inovadora, que ao longo dos últimos anos instituiu uma relação horizontalizada e de benefícios recíprocos entre os cursos de formação docente e a educação básica, assim como possibilitou, a partir dessa relação interinstitucional, a harmonização entre as ações de ensino, pesquisa e extensão nas licenciaturas das Universidades públicas. A despeito disso, explica Raquel, mais uma vez o Pibid corre o risco de ser descaracterizado em sua metodologia e em seus objetivos, dentre os quais destaca a qualificação e a valorização docente em sua formação inicial. A proposta de residência pedagógica do MEC quer se utilizar da formação e do trabalho dos/as estudantes de licenciatura das universidades públicas, remunerando-os precariamente, desvalorizando ainda mais a prática docente e a educação básica, numa conjuntura marcada pela EC 95 (teto dos gastos), reforma trabalhista e terceirização, demonstrando como todas as medidas do governo estão coordenadas. “O Pibid hoje é a grande referência para articulação entre conhecimento e ação, na renovação dos currículos das licenciaturas. Tudo isso não pode ser desconsiderado, numa pretensa, presunçosa e unilateral modernização do programa. O Pibid e sua fortuna acumulada são patrimônio do povo brasileiro e deve se consolidar como política do Estado”, afirma Raquel.

 

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