Com a assertiva de que o Brasil é um país violento, o professor Osvaldo Negrão, diretor da ADURN, conduziu o primeiro debate do Sindicato no Fórum Social Mundial e a primeira atividade dos sindicatos federados no espaço da APUB Sindicato. A violência e seus impactos no campo da saúde e dos Direitos Humanos foi amplamente discutido na tarde desta terça-feira, 13.
Determinadas por valores sociais, culturais e históricos, as principais causas de morte no Brasil foram apresentadas a uma plateia de professores, estudantes e estudiosos da área de Direitos Humanos de todas as regiões do país.
Com o objetivo de jogar luz na discussão da violência como um problema que afeta a saúde individual e coletiva, a discussão passou também pelas formas de prevenção e tratamento, formulação de políticas específicas e organização de práticas e de serviços na área.
Para o professor, um dos maiores desafios diz respeito ao enfrentamento da naturalização da violência pela sociedade. No exemplo da emblemática vítima da violência doméstica no Brasil, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, a discussão considerou como as lutas individuais podem se tornar coletivas.
Na abordagem dos impactos da violência urbana, o debate levou em consideração as relações entre as desigualdades sociais e a forma de sociabilidade autoritária e discriminatória e trouxe um preocupante diagnóstico: das 50 cidade mais violentas no planeta, 29 são brasileiras.
“É preciso ter o desejo de querer mudar e cultivar este sentimento de inclusão para que tenhamos um futuro mais tranquilo e seguro. Questões estruturantes precisam ser pensadas para gerações futuras”, afirmou Osvaldo Negrão ao fim da apresentação.
Fonte: ADURN Sindicato