APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Bolsas da CAPES e CNPq serão reajustadas ainda em janeiro

“Vitória para a educação e progresso para ciência dos país”, Clarisse Goulart Paradis, vice-presidenta APUB

O anúncio foi realizado na tarde desta quinta-feira (19) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizar o aumento imediato no valor das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) durante reunião com reitores de Universidades e Institutos Federais, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. “Estamos começando um novo momento. Sei do obscurantismo que se viveu nos últimos quatro anos, e eu quero dizer que estamos saindo das trevas para voltar a luminosidade de um novo tempo”, determinou o presidente.

No mesmo encontro, Lula defendeu ainda a ampliação de programas que foram as principais marcas do seu governo, como ProUni e FIES, responsáveis pela inserção de milhares de estudantes de baixa renda no ensino superior.

Em sintonia com os avanços, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, já havia anunciado na última terça-feira (17), durante a posse do cientista Ricardo Galvão como novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que o governo fará a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O objetivo da medida é liberar 4,2 bilhões para investimentos em Ciência. No dia seguinte (18), Luciana participou de um encontro (veja aqui), com o diretor do PROIFES- Federação, professor Ênio Pontes e o membro do GT de Ciência e Tecnologia, professor José Edeson, e garantiu que haverá articulação da Ciência com outras pastas, além de mais investimentos em inovação, tecnologia e educação científica para capacitação de professores/as da educação básica, formação de jovens e habilitação dos trabalhadores aos novos modos de produção e economia criativa.

A notícia foi comemorada por estudantes, docentes e pesquisadores de todo o país. A ausência de reconhecimento e incentivo para estudar ou produzir ciência sem garantias de condições básicas de sobrevivência já se arrastava por mais de 10 anos, já que as bolsas estavam em defasagem desde 2013.

Para a vice-presidenta da APUB, Clarisse Paradis, o reajuste representa uma vitória. “É tarefa primordial do Estado brasileiro sustentar políticas públicas de incentivo à formação de pesquisadores e pesquisadoras, como parte de um projeto de desenvolvimento nacional. A luta pelo reajuste do valor das bolsas de estudos tem sido impulsionada pelo movimento estudantil e também pelas diversas entidades em defesa da educação pública. O reajuste das bolsas é uma vitória para as universidades públicas e para o progresso da ciência. Tal avanço deve ser acompanhado de outras políticas que incentivam a assistência estudantil e democratizem o acesso e permanência dos/as pesquisadores/as nas universidades, como, por exemplo, a regulamentação por lei das cotas na pós-graduação”, afirmou.

O dinheiro que foi contingenciado pelo presidente Jair Bolsonaro através de medida provisória, trouxe sérios prejuízos para a educação e ciência do país mas, agora, retornará às universidades e institutos para garantir o acesso e permanência de estudantes e de pesquisadores que não precisarão trilhar outros caminhos e abandonar a pesquisa.

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