As centrais sindicais finalizam os preparativos para o chamado Dia Nacional de Paralisação, marcado para 10 de novembro, próxima sexta-feira, véspera da entrada em vigor da Lei 13.467, de “reforma” da legislação trabalhista. A ação, chamada pela CUT e demais centrais sindicais, tem como norte o protesto contra a retirada de direitos trabalhistas promovida pelo governo de Michel Temer.
O PROIFES-Federação indica aos seus sindicatos federados a participação no dia 10 contra os desmontes e ataques ao serviço público. “Cada sindicato deve promover atos, atividades e paralisações conformes suas próprias decisões. O importante é que os sindicatos pautem a luta contra a reforma trabalhista, da previdêencia, e contra a Medida Provisória 805/2017, que é mais um dos ataques deste governo aos servidores e servidoras federais”, afirmou o presidente do PROIFES-Federação, Eduardo Rolim (ADUFRGS-Sindical).
Segundo Rolim, cada sindicato deve promover atos, atividades e paralisações na data, conforme suas próprias decisões e possibilidades. As manifestações ocorrerão durante o dia inteiro em todo o país. Em São Paulo, para marcar a data haverá uma manifestação chamada de Grande Marcha da Classe Trabalhadora em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia, com concentração às 09h, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, e caminhada até a Avenida Paulista
Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o foco é a retirada de direitos trabalhistas feita pelo governo Temer. “Esse governo sem votos, reprovado por quase 90% da população, está provocando um retrocesso no país sem precedentes. A aprovou uma reforma trabalhista nefasta que, além de destruir a CLT e conquistas de décadas, compromete o futuro de toda uma nação.”
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ao mesmo tempo em que as centrais irão questionar as mudanças na legislação trabalhista, o dia 10 “é um preparo para enfrentar a proposta de reforma da Previdência que vem sendo ventilada”. Apesar de parada no Congresso e das dificuldades para destravar a tramitação, os sindicalistas acreditam que o governo não desistirá de aprovar a proposta de emenda.
O ato também servirá para valorizar o papel dos sindicatos nas negociações coletivas, ainda mais com as mudanças causadas pela 13.467. “Os sindicatos estão conseguindo ultrapassar os limites determinados pela lei”, diz Juruna, referindo-se a acordos já fechados e que preservaram as cláusulas sociais.
Com informações CUT