APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

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Você não vai acreditar quais são as prioridades do Governo Federal no orçamento de 2021

Você não vai acreditar quais são as prioridades do Governo Federal no orçamento de 2021
Você não vai acreditar quais são as prioridades do Governo Federal no orçamento de 2021

Será que o Brasil e o povo brasileiro são prioridades para o Governo Federal?

Diante de declarações reveladoras do presidente, Jair Bolsonaro, e de membros da sua equipe, não há como não ficar em dúvida

Mas, neste artigo, você verá como a negligência do governo se traduz em números: fizemos um comparativo entre a destinação de recursos do Orçamento público de 2021 para algumas áreas, e como isso afetará na condução do país.

Acompanhe!

O Orçamento de 2021

Em 2021, dos R$ 4,324 trilhões aprovados pelo Congresso Nacional, Bolsonaro vetou R$ 19,767 bilhões, que foram cancelados definitivamente, e fez um bloqueio adicional de R$ 9,3 bilhões em despesas discricionárias, que podem ser liberados no decorrer deste ano, mas dependem do aval do Congresso.

Veja como o governo define suas “prioridades”.

Tesourada na educação e na saúde

Comprovando que a educação não é prioridade para o governo, Jair Bolsonaro vetou R$ 2,2 bilhões do orçamento aprovado pelo Congresso e bloqueou outros R$ 2,7 bilhões.

Além disso, o orçamento destinado às universidades federais perdeu R$ 1 bilhão em relação a 2020, o que coloca em risco o funcionamento de diversas instituições.

Em valores atualizados, o orçamento das federais em 2021 perdeu 37,5% em relação ao orçamento de 2010, quando o universo de estudantes era muito menor. No período, a quantidade de estudantes cresceu perto de 59%.

A situação da saúde também é alarmante porque ainda estamos enfrentando a pandemia e Covid-19 e o orçamento destinado à pasta é R$ 50 bilhões a menos em relação ao que foi gasto em 2020. No final, Bolsonaro ainda vetou R$ 2,2 bilhões.

A farra do sistema financeiro

Mesmo sem conseguir fazer o país avançar, o Governo Federal vai destinar um montante recorde de R$ 1,6 trilhão para o sistema financeiro, para pagar uma dívida pública nunca auditada e que não para de crescer, apesar de consumir anualmente mais de um trilhão de reais.

Em vez de utilizar o recurso para recuperar a economia, ou mesmo pagar um auxílio emergencial digno durante a pandemia, o governo decidiu que era hora de aumentar os repasses para os bancos (convém lembrar que não é coincidência que o ministro da Economia, Paulo Guedes, veio do sistema financeiro).

Censo x submarinos

Devido à pandemia de Covid-19, o Censo Demográfico foi adiado para 2021. Porém, o orçamento do Governo Federal foi cortado em 97,4% (de R$ 2 bilhões para apenas R$ 53 milhões), o que inviabilizaria completamento o levantamento (uma estratégia para esconder os números reais e usar dados de 2010, quando a situação do país era muito melhor).

O Supremo Tribunal Federal (STF)determinouque o governo realize a pesquisa em 2022.

Embora tenha alegado falta de recursos para a pesquisa censitária, essencial para o desenvolvimento de políticas públicas em todas as esferas, o governo Bolsonaro prevê gastar R$ 1,13 bilhão na construção de submarinos em 2021.

Pesquisa x publicidade

R$ 200 milhões para a pesquisa de vacina brasileira contra a Covid-19, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), foram vetados pelo governo, porque combater a pandemia não tem sido uma prioridade.

Contudo, os R$ 241 milhões para a publicidade do Ministério da Saúde seguem garantidos.

Meio Ambiente

R$ 577 milhões é o orçamento do governo para controle, preservação, conservação e recuperação ambiental em 2021. O total é menor que a média de gastos ambientais do governo de Dilma Rousseff na área, entre 2011 e 2015: R$ 627 milhões.

Lembrando do recorde de desmatamento durante o governo atual.

Já o programa de controle e prevenção de desmatamento e incêndios nos biomas brasileiros (Ministério do Meio Ambiente) receberá R$ 127 milhões, enquanto a transposição do Rio São Francisco (Ministério do Desenvolvimento Regional) ficará com R$ 1 bilhão.

Não por acaso, o ex-ministro radical Ricardo “Passando a boiada” Salles (Meio Ambiente) caiu em meio à investigação por ligações com exportação ilegal de madeira, em um esquema envolvendo milhões de reais.

Resultados

Esses são apenas alguns exemplos das “prioridades” do Governo Federal, que não foca nas áreas que são essenciais para garantir o bem-estar da população.

Ao destinar um montante recorde de recursos para o sistema financeiro mesmo em meio à pandemia e à maior crise econômica e política das últimas décadas, o governo de Jair Bolsonaro prova que não tem absolutamente nenhum projeto para garantir o desenvolvimento do país ou para melhorar a vida das pessoas.

Fonte: APUB

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