O PROIFES-Federação, além de representantes de mais de 50 entidades reuniu-se com a Presidente Dilma Rousseff na última quinta-feira (13), no Palácio do Planalto. O evento, denominado “Diálogo com Movimentos Sociais Brasileiros”, reuniu mais de mil pessoas. No encontro, os representantes apresentaram suas pautas e defenderam os direitos trabalhistas, a reforma agrária, a educação pública e criticaram o ajuste fiscal.
De modo geral, os dirigentes manifestaram-se a favor da democracia e da manutenção da normalidade do Regime, implicando na manutenção do mandato de Dilma, como prevê a Constituição, mas afirmaram que os trabalhadores não podem pagar a conta da crise econômica. Disseram que é preciso avançar, garantindo e expandindo direitos dos trabalhadores e com profundas mudanças na política econômica. Igualmente os manifestantes se posicionaram contrariamente à mudança na Lei de partilha do pré-sal, proposta pelo Senador José Serra (PSDB/SP), e defenderam a Petrobras e a importância dos recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social para a educação e a saúde.
A presidenta citou o momento de dificuldade econômica e garantiu que todo esforço está sendo feito para que a “travessia” seja a mais breve possível. Ela também garantiu que a lei de partilha não será modificada, porque entende o papel da Petrobrás na educação do país. “Os royalties destinados à educação são fundamentais, porque tivemos a preocupação de transformar essa riqueza finita em uma riqueza maior, que é a formação das pessoas”, disse.
Carta do PROIFES à Dilma Rousseff
No encontro, o PROIFES-Federação entregou carta à presidente Dilma, na qual ressalta o descontentamento do movimento docente com as prioridades adotadas pelo governo atual, nas quais as pautas do setor financeiro têm comprometido as políticas sociais e refletido na perda de direito dos trabalhadores e das trabalhadoras em todo o Brasil. Especificamente em relação à educação pública, o PROIFES diz que, mesmo diante de uma conjuntura tida como desfavorável, não se pode retroceder nos avanços conquistados e não se pode admitir cortes e contingenciamentos, tendo em vista ser esta a principal base para o desenvolvimento do País e de seu povo.