Assembleia aprova agenda de mobilização

Data

Em Assembleia realizada ontem (24), no auditório do Pavilhão de Aulas Reitor Felipe Serpa (PAF I/Ondina) docentes da UFBA debateram as ameaças à universidade e ao serviço público diante do cenário de cortes, contingenciamento e das medidas que prejudicam os/as servidores anunciadas pelo governo Temer; bem como, as agendas de mobilização de luta tanto das Centrais e Frentes como do próprio sindicato. A mesa foi coordenada pela diretora acadêmica da Apub Raquel Nery e pela presidenta Luciene Fernandes.

Informes

Os informes da diretoria foram dados pela professora Raquel Nery e incluíram os debates do XIII Encontro Nacional do PROIFES, a primeira parcela da reestruturação das carreiras, a agenda de lutas da Frente Brasil Popular e a participação da Apub em eventos e atos. (leia aqui a lista completa dos informes). Nos informes da plenária destacam-se a reunião da Frente Baiana Escola Sem Mordaça, marcada para o dia 05 de setembro, às 17h na Faced, que discutirá a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); reunião no IAT, dia 25 de agosto para discutir a unidade dos movimentos populares e a mobilização dos/as estudantes. A professora Celi Taffarel (Faced) entregou uma carta aberta dos/as estudantes da UFBA denunciando cortes na assistência estudantil e pediu solidariedade à situação.

Situação Financeira da UFBA

A Apub havia solicitado uma representação da Reitoria da UFBA presente na Assembleia para esclarecer os/as docentes sobre a situação financeira da universidade. Diante da incompatibilidade da agenda da reitoria, a administração enviou um relatório apresentado na última reunião do Consuni, explicitando o orçamento previsto na LOA 2017 e os valores contingenciados (veja abaixo). O posicionamento da administração é que a universidade deve honrar seus compromissos financeiros até o fim do ano, com “racionalização de gastos”. O professor João Augusto Rocha (Politécnica) questionou o significado da “racionalização” e pediu um posicionamento político da universidade a respeito.

LEI ORCAMENTARIA UFBA PAG 1

Debate

Entrando propriamente nos pontos de pauta, diversos/as docentes se manifestaram com preocupação diante do cenário político e da aparente desmobilização da sociedade. Discutiu-se especialmente a estratégia de desmonte dos serviços públicos e a responsabilidade das entidades sindicais e movimentos sociais em organizar a luta. A situação dos estudantes também foi bastante abordada, bem como a necessidade de construir uma Greve Geral unificada e forte. A presidenta da Apub, Luciene Fernandes, ressaltou que algumas unidades da UFBA já estão se mobilizando, a exemplo da Escola de Dança, que realizou a “Ciranda das Diretas Já” e do IHAC, que toda quarta-feira tem organizado atos na Praça das Artes. A professora Celi Taffarel destacou que o sindicato deve se fazer mais presente nas unidades, explicando as medidas que ameaçam o serviço público e afirmou quer era preciso construir a Greve Geral dos trabalhadores para o próximo período. Joviniano Neto (FFCH/Aposentado) disse que luta é de longo prazo e falou da importância da participação em Frentes e da construção de um projeto para o país; propôs também a participação da Apub no Grito dos Excluídos, no dia 07 de setembro. O professor Antonio Lobo (Igeo) afirmou entender que a mobilização é uma tarefa coletiva e propôs a criação de uma Comissão e uma agenda de passagem em unidades. Henrique Saldanha (ICS) lembrou a necessidade de dialogar para além da universidade, realizando ações em zonas populares. Tatiane Santos (Enfermagem) propôs ainda que se indicassem dias de paralisação no próximo semestre; e a professora Maíra Kubik (FFCH) indicou a realização de ações de mídia alertando a população

Encaminhamentos

– Moção de solidariedade às famílias das vítimas do desastre marítimo na Baía de Todos os Santos

– Formação de uma Comissão de Mobilização (Antonio Lobo, João Augusto Rocha, Carlos Zacariais, Joviniano Neto, Tatiane Santos, Celi Taffarel) e busca de representação nas unidades.

– Organização de um calendário de passagem em unidades no retorno do semestre, com rodas de conversas nos auditórios

– Realização de paralisações periódicas e ato na Praça da Piedade

– Seguir agenda de lutas das Centrais, Frentes e outros sindicatos de servidores

– Participação na Campanha Conhecimento Sem Cortes

– Construção da Greve Geral com outros setores da sociedade

– Realizar escrachos de parlamentares que votam contra os trabalhadores

– Participação no Grito dos Excluídos

– Realizar campanhas na mídia

– Intensificação do diálogo com a periferia

– Organização de uma Assembleia conjunta com estudantes e servidores técnico-administrativos