Em continuidade às atividades da Plenária Nacional em Defesa dos Serviços Públicos Municipal, Estadual e Federal, das Empresas Estatais, do Brasil e dos Trabalhadores, na tarde desta terça-feira (26), as diversas entidades que organizam as categorias das três esferas do funcionalismo público aprovaram um Plano de Lutas para o próximo período e um manifesto unificado que, entre outros pontos, destaca a importância do serviço público para a sociedade.
O PROIFES-Federação participou da Plenária, representado por seu tesoureiro, Flávio Alves (ADUFG-Sindicato), e do ato político que, além de representantes do movimento sindical, contou com a representação de parlamentares que apoiam o plano de lutas aprovado na Plenária, que delibera uma série de ações a serem realizadas pelas entidades sindicais com o objetivo de defender servidores e servidoras e fortalecer o serviço público.
“Neste momento de ataques diversos aos servidores e servidoras públicos, em todas as esferas, é fundamental a união de todas as categorias do funcionalismo público, centrais sindicais, e movimentos sindicais de servidores, para amplificar a luta por serviços públicos de qualidade, fortalecendo a resistência, e mostrando que os serviços públicos, em especial a educação, não podem se submeter apenas a uma lógica do lucro, temos que resistir às tentativas de sucatear para privatizar”, destacou o tesoureiro do PROIFES.
A plenária definiu 18 de março de 2020 como um Dia Nacional de Paralisação Mobilização, Protesto e Greves. As entidades reforçarão ainda o dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, como uma data importante de resistência.
Antes, ainda em 2019, outra ação importante acontece de 2 a 6 de dezembro, em que serão realizadas ações diversas, como panfletagem em locais estratégicos contra a Medida Provisória 905/2019, contra as Propostas de Emendas à Constituição (PECs) 186, 187, 188 e contra o Pacote de ajuste de Guedes.
Já no dia 12 de fevereiro de 2020, será realizada uma atividade no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados para debater o tema. No plano de lutas, as centrais reafirmaram ainda a necessidade de discussão de realização de uma nova greve geral.
Com o objetivo de ampliar os debates em todos os espaços sociais, serão criados um comando unitário nacional e frentes únicas nos estados para organizar e unificar as mobilizações e o debate com a população. Em parceria com as diversas frentes parlamentares, as centrais realizarão eventos diversos nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. A ideia que é sejam aprovadas moções dirigidas aos deputados federais e senadores evidenciando a indignação da população contra os projetos que enfraquecem o serviço público.
As deliberações ainda visam unificar as ações de enfrentamento com as duas casas do Congresso Nacional, Assembleias Estaduais, e Câmaras Municipais. Além disso, pretende-se repercutir essas ações junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A ideia é que, até o final do ano, seja criada uma agenda unitária de lutas e atividades. Propõem-se ainda discutir uma estratégia de mobilização unitária no campo jurídico.
Manifesto
Entre outros pontos, manifesto aprovado apontas as investidas do governo Bolsonaro contra o serviço e contra servidores. O texto ressalta ainda a importância da manutenção de serviços essenciais como públicos e fundamentais para a soberania nacional.
“Um país rico em recursos naturais, precisa ter empresas estatais e públicas fortes e serviços públicos municipais, estaduais e federais de qualidade, prestados gratuitamente para o povo. Ao invés de retirar direitos e recursos financeiros, é preciso investir nos serviços públicos de qualidade”, diz trecho do documento.
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Com informações CUT-RS