Na manhã de hoje (16), a Apub participou de reunião ampliada das Redes Estadual e Municipais da Educação, articuladas pela APLB Sindicato e Comitê Baiano “Vacina no SUS já!”, contra o retorno das aulas presenciais sem imunização e sem a adequação das escolas às devidas medidas de saúde e segurança sanitária. A plenária foi convocada como resposta ao anúncio do governo do estado, no dia 13, apontando o retorno das atividades de ensino presencial para 26 de julho.
A vice-presidenta do sindicato, Ana Lúcia Goes, que também compõe a Frente Baiana pela Educação, manifestou apoio às entidades representativas de docentes e trabalhadoras/es do ensino básico que se opõem, como forma de proteção à vida, à retomada neste momento ainda grave da pandemia. Em sua participação, a professora apresentou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) a respeito dos óbitos de trabalhadoras e trabalhadores da Educação na Bahia. “Entre janeiro e abril de 2021, somente considerando os contratos trabalhistas, foram desligadas 1.479 pessoas da área da educação por motivos de morte, o que representa um aumento de mais de 128% em relação ao ano passado. Houve aumento de mais de 148% de mortes de trabalhadores entre 30 e 39 anos, e aumento de 109% entre 25 e 29 anos”, apresentou a professora.
Ainda, Ana Lúcia chamou a atenção ao fato de o Brasil ser o segundo país com mais mortes de crianças entre 0 e 9 anos por covid-19, segundo informações do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, apresentadas pela campanha “Essencial é a vida!” da Frente Baiana. “Os dados ajudam a entender nosso cenário sem que tenhamos o retorno das aulas presenciais. Imagina se voltar, qual seria o cenário? É absurdo considerar o retorno presencial nesse momento”.
A atividade contou também com a participação da professora Gisélia Souza (ISC/UFBA), doutora em Saúde Pública e membro do Comitê.