As entidades representativas dos servidores federais na mesa de negociação com o Ministério de Inovação e Gestão em Serviços Públicos assinaram hoje, 24, o acordo de reajuste salarial linear no índice de 9%, proposta formalizada no dia 14 em ofício enviado pela pasta. O percentual incidirá sobre a atual remuneração total, a vigorar a partir de 1º de maio de 2023, e também será reajustado o valor do Auxílio Alimentação para R$ 658,00, a partir da mesma data.
A formalização acontece após uma longa negociação que teve início no dia 16 de fevereiro na primeira reunião da Mesa de Negociação Permanente instalada pelo atual governo. A última reunião da mesa foi realizada no dia 10 de março. A APUB participou do ato de assinatura do acordo, representada pelo diretor Jailson Alves e diretora Bárbara Coelho; assim como o PROIFES, representado pelo presidente Nilton Brandão e o diretor Flávio Silva.
Da parte do govervo, participaram a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a ministra da saúde, Nísia Trindade, o ministro chefe da secretaria geral da presidência da República, Márcio Macêdo, o Secretário de gestão de pessoas e relações de trabalho, Sérgio Mendonça, o Secretário executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, o Secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Getúlio Marques.
O PROIFES-Federação entende que o acordo firmado pelos fóruns, Fonasefe e Fonacate, se trata de uma medida emergencial. Após escuta aos sindicatos federados, a entidade enviou ofício ao Secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, reforçando que o aceite da proposta está vinculado à necessidade de iniciar, imediatamente, as negociações na mesa setorial para tratar de orçamento para recomposição das perdas salariais dos docentes das Universidades e Institutos Federais que já ultrapassa 42%.
Diante da finalização dessa etapa, a presidenta da Apub, Marta Lícia, afirma que “o sindicato continuará mobilizado e participando ativamente de todas as agendas políticas de articulação e enfrentamentos necessários para assegurar a abertura das mesas setoriais de negociação com ganhos reais para a nossa categoria, em sintonia com as deliberações da nossa última assembleia docente, na qual indicamos a importância do avanço das negociações do governo, os limites da atual conjuntura e, principalmente, o registro de que o reajuste de 9% está muito longe de atender às nossas expectativas. Após a assinatura do acordo de reajuste linear com o conjunto de servidores públicos, a Apub considera que devemos passar imediatamente para uma próxima etapa das negociações, de modo a assegurar a recomposição salarial, o aperfeiçoamento da nossa carreira e melhoria das condições de trabalho nas IFES, assim como outras pautas tão importantes, a exemplo, da autonomia das universidades e retomada do investimento na melhoria da infraestrutura e continuidade das obras que estão paralisadas, a exemplo da UFOB e UNILAB-Malês”.