Na terça-feira, 08 de agosto, a Apub participou de uma reunião com a vice-reitora da UNILAB, Cláudia Carioca, no Campus dos Malês, em São Francisco do Conde. As professoras Clarisse Paradis, vice-presidenta do sindicato, Juliana Dourado e Sabrina Balsalobre, do Conselho de Representantes apresentaram pautas sobre as condições de trabalho das/dos docentes e da comunidade dos Malês, entre elas a questão da suspensão do recurso de R$ 2 milhões para construção de salas de aula emergenciais, que seria uma saída para atender as atividades acadêmicas enquanto a obra do campus não é entregue; a solicitação de seis códigos de vagas de docentes para realização de concurso público; aumento da contratação de professores substitutos; e a revisão da resolução de carga horária dos/das docentes.
Clarisse explica que os/as docentes têm se organizado no sindicato e reivindicado melhores condições de trabalho, bem como a consolidação do Campus, o que envolve a finalização das obras, uma série de reformas e novas normativas que viabilizem o pleno trabalho docente nas tarefas de pesquisa, de extensão e de gestão. Nos últimos dias, a categoria recebeu o informe sobre a transferência da Sesu/MEC no valor de 5.250 milhões para o projeto de conclusão das obras no campus dos Malês.
“A reunião foi importante para que a gente pudesse reivindicar as condições de trabalho no momento que o campus recebeu o orçamento para finalização das obras, mas a previsão de entrega é só em 2025. E até a conclusão, como vamos ter condições de trabalhar?”, questiona Clarisse. Ela diz ainda que todas as questões enfrentadas pelos docentes envolvem uma ação sindical permanente e de bastante vigilância.
Juliana complementou afirmando que “até que o bloco de salas de aula seja entregue, seguimos com estrutura insuficiente para a realização das aulas e demais atividades acadêmicas. Por esse motivo, solicitamos da reitoria as justificativas para a retirada do valor de 2 milhões que seriam destinados para as 12 salas emergenciais. Também solicitamos a realização de concursos para docentes efetivos e substitutos e instamos a vice-reitora a retornar ao campus durante o período letivo de 2023.1”.
Para Sabrina, “a melhoria nas condições estruturais e de funcionamento do Campus dos Malês impacta diretamente na qualidade de seu ensino: atividade fim de todas as universidades públicas”. A representante avalia que, na medida em que todas as universidades enfrentam desafios para garantir a permanência de estudantes – particularmente após os anos de pandemia e de um projeto político-econômico sistemático de desvalorização da educação e de empobrecimento da população –, para os Malês é fundamental que se redobrem esforços para pensar soluções conjuntas entre a gestão superior e a categoria docente.