Na manhã de sexta (23/08), aconteceu pela manhã uma Sessão Especial no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), em celebração aos 56 anos da Apub Sindicato. A Sessão foi uma iniciativa do mandato do Deputado Estadual Robinson Almeida (PT- BA), Presidente da Comissão de Constituição de Justiça, que abriu a Sessão Especial, e contou com a presença da diretoria da Apub, amigos e apoiadores do Sindicato.
Além da presidente em exercício da Apub, Clarisse Paradis, a mesa foi composta pelo professor Penildon Silva Filho, representando a reitoria da UFBA; a defensora pública Mônica Aragão; o professor Joviniano Neto; a professora Raquel Nery, representando o PROIFES – Federação; o professor Geraldo Sampaio, representando a reitoria da UFRB; Herbert Coelho Rodrigues, representante da União do Estudantes da Bahia; Maria Cristina Brito, secretária de finanças da CUT Bahia; Rosangela Santana, coordenadora de políticas sociais e antirracistas da Assufba; professora Miriam Reis, diretora do campus dos Malês da Unilab; presidente do Conselho Estadual de Juventude da Bahia, Lais Santana. Foram registradas também as presenças da Deputada Estadual Olívia Santana, Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembleia; da Deputada Estadual Lucinha do MST; e da Deputada Federal Lídice da Matta.
A Sessão foi aberta com apresentação musical da cantora Matilde Charles, que brindou os presentes com clássicos da música popular brasileira, seguida de fala do Deputado Robinson, que principiou pedindo a todos os presentes uma salva de palmas para a Apub. “É uma honra poder realizar essa sessão especial no plenário da Assembleia Legislativa para celebrar a trajetória e a importância histórica da Apub. São quase seis décadas na defesa dos trabalhadores da educação superior”, homenageou o parlamentar. “A Apub sempre foi uma referência”.
O professor Penildon Silva Filho começou saudando a mesa e os diretores e ex-diretores de unidades da UFBA presentes ao encontro: professora Maiana Brito, diretora do campus da UFBA de Camaçari; professor Martins Dias, diretor do Instituto de Química; professor Rodrigo, diretor da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, e professor Henrique Tomé, da Faculdade de Economia, além da professora Hebe Alves, ex-diretora Escola de Teatro. “É um grande prazer estar aqui. Eu sou filiado a Apub desde 2002 – eu entrei na UFBA em 2002 como professor substituto, depois em 2006 passei a professor efetivo e desde 2002 sou filiado e sou filiado com muito orgulho, porque é o que no movimento sindical se convencionou chamar de um ‘sindicato cidadão’, ou seja, um sindicato que tem a pauta bastante combativa em defesa das questões salariais e questões de carreira, mas tem também uma pauta bem mais ampla e generosa”, afirmou, referindo-se às lutas históricas da Apub em favor da democracia.
A professora Raquel Nery falou na sequência, representando o PROIFES – Federação, que fez uma destacou a presença das mulheres no Sindicato: “Quero expressar as mais festivas homenagens às mulheres dirigentes contadas desde 1968 a Apub teve até o dia de hoje 26 diretorias destas 11 foram encabeçadas por mulheres Isto é 42% dessa história. De 2010 para cá apenas mulheres presidem a Apub, exceção feita a Emanuel Lins, presidente na pandemia”, resgatou. “Quero portanto reconhecer e agradecer a Clarisse Goulart, a Fernanda Almeida e Bárbara Coelho pela coragem e perseverança com que conduziram a Apub nessa conjuntura em que a justeza da luta esteve refém do ardio e oportunismo dos que não hesitam em submeter os recursos institucionais de nossa democracia aos interesses sectários”, completou.
O professor Joviniano Neto fez um resgate de seu legado como presidente da Apub, do ponto de vista da defesa da democracia: “A Apub participou da luta pelas Diretas, já!, da luta pela Anistia, da Constituinte. A Apub é suprapartidária, mas em dois momentos da vida, ela tomou posição política a favor de um candidato: a favor de Tancredo Neves contra Maluf, que seria a continuação da ditadura, e a favor de Lula contra bolsonaro, que era a favor da democracia contra a barbárie”.
A diretora do campus dos Malês – Unilab, Miriam Reis, também fez uso da palavra e trouxe uma notícia em primeira mão. “Que bom que eu posso anunciar aqui uma notícia fresquinha, a gente acabou de receber essa informação: a comissão de acompanhamento e monitoramento das escolas médicas aprovou a abertura do curso de medicina da Unilab, do Campus dos Malês. Isso é fruto dessa luta coletiva dos professores e das professoras, dos técnicos e técnicas terceirizados estudantes da comunidade de São Francisco do Conde do Recôncavo, daqui dessa união em torno da educação pública que nós conseguimos fazer aqui na Bahia, porque na Bahia fascista não se cria! A gente vai ter sim, gente, meninos negros e negras do Brasil e do continente africano de jaleco branco em 2026 e os fascistas vão ter que engolir essa novidade”.
Representando a reitoria da UFRB, o professor Geraldo Sampaio abordou a questão da importância da interiorização do ensino superior: “Não posso deixar de fazer a crítica à elite brasileira que cria a segunda e meia Universidade na Bahia depois de 65 anos. Isso é um obscurantismo. Eu tô dizendo uma e meia porque tem a de São Francisco que foi bi-estadual, mas a Universidade Federal do Recôncavo é realmente a primeira Universidade criada no interior que hoje é a maior autarquia Federal do interior da Bahia e não posso deixar de comentar também com os críticos algozes da UFRB, eu derrubo qualquer argumento perguntando: ‘e onde estariam os nossos quase 13 mil estudantes que estão hoje espalhado pelo Recôncavo?’. Os quase 13 mil estudantes não estariam necessariamente na UFBA”, comentou, abordando a dificuldade dos estudantes do interior de virem para a capital estudar.
A presidente em exercício da Apub, Clarisse Paradis, começou recordando a importância da atuação do Deputado Robinson Almeida, proponente da Sessão Especial, na expansão e interiorização das universidades, luta que também é da Apub. Depois de saudar a mesa, autoridades, parlamentares, professores e movimentos sociais presentes, ela, que também é professora da UNILAB – São Francisco do Conde, fez um breve histórico da Apub e do início de sua atuação no Sindicato: “Quando passei a frequentar as atividades da Apub, queria me engajar em um espaço que discutisse a universidade e ao mesmo tempo fizesse frente às precariedades vividas por uma universidade recém-criada com muitos desafios, que era o campo dos Malês da Unilab”, recordou.
A Sessão Especial foi encerrada com a entrega de placas em homenagem às/aos ex-presidentes que lutaram com a Apub pela categoria presentes ao evento: Emanuel Lins Freire, João Augusto de Lima Rocha, Eveline Correia Gonçalves, Raquel Nery e Joviniano Neto.
