APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Anísio Teixeira patrono da Escola Pública Brasileira

Data

Aconteceu ontem (15/10), no dia da professora e do professor, cerimônia de sanção pela Presidência da República de Projeto de Lei 6204/2023, de autoria da Deputada Alice Portugal (PC do B – BA) que declara o educador Anísio Teixeira Patrono da Escola Pública Brasileira. A cerimônia contou com a presença do presidente Lula e a professora Uilma Rodrigues representou a Apub.

Anísio Teixeira nasceu em 1900, em Caetité (BA), foi secretário de Educação no Rio de Janeiro em 1931 e, no ano seguinte, integrou o grupo de educadores responsáveis pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que propunha a reforma do sistema de educação brasileiro, em prol da democratização do ensino. Na Bahia, sua obra mais marcante é o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque), instituição pioneira no país na oferta de educação profissionalizante.

Um dos maiores especialistas e autor de três livros sobre a vida e a obra de Anísio Teixeira, o professor João Augusto (Politécnica / UFBA) comemorou a notícia: “Anísio Teixeira é o maior educador brasileiro, praticamente atuou em todas as áreas da educação, inovou em todas elas, e agora felizmente há um reconhecimento oficial de que ele é o patrono da escola pública brasileira. Esse é um motivo de grande satisfação porque eu tive certa influência sobre isso, na medida em que criei e organizei a Fundação Anísio Teixeira aqui na Bahia”.

Em 2016, a Apub preparou um dossiê, apresentado na Escola Politécnica na gestão da professora Cláudia Miranda,  posteriormente encaminhado para a Comissão de Mortos de Desaparecidos – Diva Santana, que era da Comissão, esteve presente à solenidade. Foi avaliado na gestão Bolsonaro e devolvido pela então ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves. A Apub entrou com um recurso, ainda em espera. “A Comissão foi recriada e nós vamos retomar esse pedido”, afirma o professor João Augusto.