Ao tentar destruir universidades federais, fake news fortalecem a pandemia

Fake News piora pandemia
Fake News piora pandemia

No Brasil, especialmente com a ascensão dos movimentos extremistas nos últimos anos, a propagação de desinformação se intensificou.


Por serem foco de produção do conhecimento, da ciência, do pensamento crítico e da liberdade de expressão, as universidades públicas se tornaram um dos alvos preferenciais daqueles grupos. Por isso, tanto as instituições como suas comunidades passaram a sofrer uma permanente campanha de difamação baseada na distorção da realidade.
Essas mentiras não são nada ingênuas, mas sim meios de destruir a liberdade, a autonomia e a reputação de nossas instituições e de seus profissionais.


Além de contribuir para uma formação acadêmica de alta qualidade, as universidades públicas são fontes de produção de conhecimento para a solução de problemas reais da nossa sociedade.


Contudo, essas verdades não chegam ao povo na mesma velocidade com que as mentiras são produzidas e disseminadas.


Em um estudo da Universidade de São Paulo (USP) sobre fake news relacionadas ao novo Coronavírus no Brasil, no Reino Unido e nos Estados Unidos, fomos apontados como o país “mais impactado pela produção sistemática de desinformação”.

Fake news, pandemia e universidades

Por razões que ainda permanecem obscuras, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os membros de seu governo optaram por contribuir para espalhar a pandemia, e não por combatê-la.


Para isso, adotaram medidas para impedir o controle da crise sanitária e, ao mesmo tempo, assumiram um discurso negacionista que, ainda hoje, se confronta com o conhecimento científico.


Entre os diversos fatores que podem ser analisados para a compreensão sobre essas decisões, um deles tem bastante peso: as universidades públicas produzem mais de 90% da ciência brasileira.


Isso significa que reconhecer o papel da ciência, mesmo durante a pandemia, seria admitir que o próprio presidente, seus ministros e as pessoas que compõem a sua base de apoio radical estiveram mentindo esse tempo todo sobre as universidades públicas.


Além disso, tomar decisões e fazer recomendações com base na ciência (como fizeram os países que conseguiram conter a crise sanitária com muito mais eficácia) impediria que o governo executasse seu projeto de manter a pandemia descontrolada.


Contra a ciência, o governo adotou as mentiras.
Segundo análise publicada no Repositório Institucional para Compartilhamento de Informações (IRIS), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a divulgação de fake news no Brasil vem fragilizando o combate ao novo Coronavírus e contribuindo para a morte das pessoas.


Conteúdos de posicionamento político, desinformação sobre o total de casos e óbitos, e sobre medidas preventivas (como uso de máscaras e o isolamento social) e de tratamento são os temas mais difundidos. Estimulados pelo presidente e por seus apoiadores, uma imensidão de brasileiros passou a rejeitar a vacinação e a adotar comportamento negligente.


Por sinal, o Brasil é o único país do mundo onde as teorias mirabolantes sobre “tratamento precoce” com base em medicamentos ineficazes (tratados como “elixir” milagrosos) ainda são difundidas.
É com base em mentiras que o presidente Jair Bolsonaro justifica a falta de vacinas e ajuda a acelerar a pandemia no país, em vez de combatê-la.


O resultado está aí: mais de 530 mil mortes
estudos indicam que dois terços das mortes por Covid-19 poderiam ter sido evitadas se o Governo Federal tivesse adotado uma postura diferente (inclusive em relação às vacinas).


Não à toa, somos um dos poucos países onde a pandemia não recuou em nenhum instante.
A mentira mata.
Por isso, a APUB criou o passo a passo abaixo para você denunciar perfis falsos que espalham fake news nas redes sociais.


Incentive seus alunos e pessoas da sua comunidade a conhecer essa ferramenta e nos ajudar a combater a desinformação sobre a pandemia e sobre as universidades públicas!


Vamos lá?

Passo a passo para derrubar perfis falsos nas redes sociais

Facebook

1) Vá ao perfil falso. No botão com reticências (ao lado do botão “Mensagem”), clique em “Obter apoio ou denunciar perfil”.

2) Surgirá uma janela. Clique na opção “Conta falsa”. Depois, clique em “Avançar”.

3) Uma nova janela surgirá, solicitando a “Confirmação de denúncia”. Clique no botão “Acho que isso está violando os Padrões da Comunidade do Facebook”. Depois, clique no botão “Denunciar”.

4) A próxima janela é uma confirmação do Facebook de que a sua denúncia foi recebida e será analisada. Quando ele chegar a uma decisão, você será notificado em sua “Caixa de Entrada de Suporte”. Clique em “Avançar”.

5) Na última janela que surgirá, você poderá escolher entre “Bloquear”, “Ocultar tudo” ou “Denunciar perfil” (novamente). Clique em “Concluir”.

Twitter

1) Vá ao perfil falso. No botão com reticências (ao lado do botão “Seguir” ou do envelope do botão “Mensagem”), clique em “Denunciar @[nome do perfil falso]”.

2) Surgirá uma janela. Clique na opção “Está fingindo ser eu ou outra pessoa”.

3) A janela “Relatar um problema” surgirá. Selecione a opção “Outra pessoa”.

4) Na próxima janela, deixe o primeiro campo em branco. No segundo campo, digite “Não sei” (caso você saiba “Qual é o nome completo dessa pessoa”, pode digitá-lo). Depois, clique em “Enviar denúncia ao Twitter”.

5) . Na última janela que surgirá, você poderá escolher entre “Bloquear @[nome do perfil falso]” ou “Silenciar @[nome do perfil falso]”. Em seguida, clique em “Concluir”, no canto superior direito.

Instagram

1) Vá ao perfil falso. Nas reticências (ao lado do botão com setinha para baixo, próximo ao botão “Seguir”), clique em “Denunciar usuário”.

2) Surgirá uma janela. Clique na opção “Denunciar conta”.

3) Na próxima janela, clique em “Está fingindo ser outra pessoa”.

4) Na janela seguinte, selecione “Alguém que eu conheço”. Clique em “Enviar denúncia”.

5) Na última janela que surgirá, você poderá “Bloquear [nome do perfil falso]”. Em seguida, clique em “Fechar”.

Combata a pandemia com a verdade!


Desde o começo da pandemia milhares de pessoas morreram porque acreditaram nas mentiras do presidente e de seu governo. São inúmeros casos de pessoas (inclusive políticos) que morreram depois de participar de atos contra o isolamento social.


Para combater tudo isso, é preciso levar conhecimento à população.


Como docentes, temos o dever de comunicar abertamente à sociedade tudo aquilo que não é comprovado pela ciência, além de divulgar nossas produções de conhecimento.


Se não ocuparmos nossos lugares nessa batalha, haverá menos força para o enfrentamento a essas mentiras que estão custando a vida de milhares de pessoas.


Por isso, compartilhe informações de fontes confiáveis, como os conteúdos produzidos pela APUB!
E se você deseja ter uma atuação ativa nesse combate, clique aqui.

Fonte: APUB

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