Apub acompanha Grupo de Trabalho que discute Política de Segurança e Convivência da UFBA

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Mais do que segurança: convivência. Essa foi a palavra-chave da segunda reunião do Grupo de Trabalho para a discussão e construção coletiva de soluções para os campi da Universidade Federal da Bahia. Com soluções de curto, médio e longo prazos, as discussões levam em conta não apenas a proteção da comunidade acadêmica em momentos de crise, mas também as contribuições que a Universidade pode dar ao seu entorno e à sociedade. Por isso, foi batizada como Política de Segurança e Convivência.

A proposta de Política de Segurança e Convivência inclui ações de curto, médio e longo prazo. Para a presidenta da Apub, Marta Lícia Teles, a principal demanda da categoria é estabelecer as ações de curto prazo. “Já que as políticas de segurança continuam as mesmas e os riscos a que os professores estão submetidos são os mesmos, seguimos demandando por protocolos de segurança. Os professores e a comunidade acadêmica precisam saber como agir e a quem procurar em casos de emergência”, avalia a presidenta. O próximo encontro ficou agendado para 19 de fevereiro.

A reunião contou com a presença do vice-reitor, Penildon Silva; membros da Coordenação de Gestão de Segurança da UFBA (COSEG), da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE), da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (SUMAI)  e do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Assufba). Pela Apub, participou o membro do Conselho de Representantes, o prof. Renato Francisquini. Por sugestão feita pelo professor Renato na reunião anterior, o professor Luiz Claudio Lourenço, coordenador do Laboratório de Estudos Sobre Crime e Sociedade (Lassos), do departamento de Sociologia da UFBA, também se somou à a discussão.

Curto, médio e longo prazos – As ações de curto prazo incluem a criação de um Gabinete de Crise para  situações emergenciais, composto pelos três segmentos – a Apub, a Assufba, o DCE – procuradoria, a COSEG, a PROAE e administração central; e a decisão de uma comunicação única, da universidade para a comunidade acadêmica e sociedade, em caso de alterações da ordem como a que ocorreu em setembro de 2023. Parcerias com as forças oficiais de segurança – como o patrulhamento e policiamento ostensivo no entorno dos campi também fazem parte das ações de curto prazo. 

As ações de médio e longo prazo são focadas na ampliação da convivência entre a UFBA e as comunidades vizinhas, como Alto das Pombas e Calabar. Além da criação de curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da ampliação do Programa Crianças na UFBA, ações abordadas no encontro anterior do GT, o vice-reitor apontou como estratégia para ampliação da convivência a abertura do Centro de Esportes da UFBA para a comunidade, por meio de um projeto de extensão universitária: “Já que o aluno tem que ter 200 horas de estágio, por que ele não faz esse estágio no próprio Centro de Esportes, com a coordenação e orientação de um professor, com diversas modalidades esportivas, e aberta a essa comunidade no entorno?”, sugeriu o vice-reitor.

Confiança é fundamental – O professor Luiz Claudio Lourenço lembrou que a relação com o entorno demanda a escuta dessas comunidades: “Qualquer ação que vise maior segurança precisa passar pela construção de confiança entre o entorno e as faculdades.  Daí a importância de trazer gente da comunidade pra ser ouvida sobre suas demandas com relação à UFBA, é fundamental. As ideias são muito interessantes, mas não podemos chegar com o ‘prato feito’, sem ouvi-los em suas demandas mais prementes, porque o que é premente pra UFBA pode não ser premente pra eles. A construção desse grupo de trabalho passa também por integrar as lideranças dessas comunidades para serem escutadas e poder opinar nessa política, porque só vai haver convivência se houver, de fato, confiança da UFBA em relação ao seu entorno e do entorno com relação à UFBA”, avalia.