Um ato em defesa do caráter público e democrático das Universidades foi realizado na quarta-feira, 22, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA. A manifestação, surgiu como uma resposta às ameaças que pesquisadoras/es que tratam da temática de gênero e sexualidades, assim como de outras correntes progressistas, vêm sofrendo. As intimidações e ações violentas são expressão do crescente conservadorismo, que beira o fascismo, e das tentativas em fazer retroceder uma séria de conquistas de direitos sociais e civis.
A atividade também representou uma articulação de entidades e pessoas que defendem um projeto de universidade inclusiva, autônoma e gratuita, ante os ataques do governo Temer, que incluem cortes de verbas e contingenciamento orçamentário das Universidades. Além disso, projetos como o “Escola Sem Partido”, as sindicâncias abertas contra professores ligados aos movimentos sociais e o projeto de lei que visa acabar com a estabilidade dos servidores públicos são outros exemplos de ações dos setores reacionários do país.
Durante o ato, as falas convergiram na constatação de que é preciso uma frente ampla na defesa da liberdade de pensamento e de expressão, da diversidade e da democracia como resposta à violência autoritária. Representando a Apub, a presidenta Luciene Fernandes destacou a defesa irrestrita da universidade como espaço de exercício da liberdade e, portanto, contrário ao fascismo. Ela reafirmou a disposição da Apub em somar nesta luta, que é da sociedade inteira. Também estiveram presentes as diretoras Raquel Nery e Leopoldina Menezes e o vice-presidente Ricardo Carvalho. Representantes da Assufba, DCE e da administração central da UFBA também participaram da atividade.
A plenária foi convocada pelo Neim (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher) e pelos Grupos de Pesquisa “História dos Partidos e Movimentos de Esquerda na Bahia”, “Representações sociais: arte, ciência e ideologia” e “Trabalho, precarização e resistências / CRH”.
