Objetivo da Diretoria é minimizar impactos na vida dos docentes, técnicos e estudantes
O calendário de 2025 e 2026 apresentado ao Conselho Acadêmico de Ensino (CAE) pela Superintendência de Administração Acadêmica (SUPAC/UFBA) foi pauta de uma reunião ocorrida nesta segunda-feira (18), entre representantes da diretoria da Apub Sindicato e da Reitoria da UFBA. A pauta, acolhida pela diretoria, após reclamações de diversos docentes, irá tramitar pelas instâncias da UFBA como o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe.
Representando a Apub, o Diretor de Comunicação, Jailson Alves dos Santos (IQ/UFBA), cobrou uma discussão ampliada sobre o tema, ressaltando os impactos negativos na vida dos docentes e de toda a comunidade universitária na proposta apresentada pela SUPAC ao Conselho Acadêmico de Ensino (CAE).
Segundo o OFICIO Nº 12146/2024 da SUPAC/UFBA, apresentado no dia 11 de novembro ao CAE, o semestre de 2025.1 ficaria previsto para o período de 24 de Março de 2025 a 26 de julho de 2025. Já o semestre de 2025.2, seria de 15 de Setembro a 07 de fevereiro de 2026.
Segundo o diretor, que tem acompanhado de perto a pauta no CAE, a proposta foi apresentada brevemente no Conselho, gerando uma reação imediata do corpo docente. Na audiência, a Apub apresentou uma proposta de calendário, que será avaliada pela Reitoria junto aos demais órgãos, para garantir que não ocorram aulas em fevereiro. “Esperamos que esse debate não se alongue muito e que cheguemos a uma proposta que não sacrifique as férias dos docentes, técnicos e estudantes”, ressaltou Jaison.
Além de apresentar a proposta, a diretoria da Apub saiu da audiência com um indicativo positivo da Reitoria. O reitor em exercício, Penildon Silva Filho, se comprometeu em enviar documento, detalhando a proposição do calendário, antes do envio para o Consepe, além da permanência desse canal de diálogo com o sindicato.
“Nada está definido. Todo ano anunciamos no CAE, fazemos um debate, o CONSEPE analisa e é muito comum que o Conselho não delibere a proposta inicial.[…] Nós não vamos terminar essa discussão hoje e queremos manter essa interlocução com o sindicato para continuar amadurecendo essa proposta”, afirmou Penildon.
Implantação do SIGAA
A mudança do calendário, com dois anos seguidos, com aulas em janeiro e fevereiro foi motivada, em 2025, pela greve da UFBA no último período. Já em 2026, a necessidade de mudança, segundo a Reitoria, é a necessidade de transição do SIAC para o SIGAA.
A superintendente da STI, Vaninha Vieira, destacou a importância da implantação do SIGAA, para permitir a integração dos sistemas e sua atualização que está tecnicamente defasada.
Segundo a superintendente, a migração para o SIGAA é necessária para trazer mudanças como a digitalização do processo de progressão e promoção de carreira, tornando-o automatizado e menos burocratizado. Além disso, facilitará pontos como a assinaturas de diplomas, bem como melhorias no processo de matrícula. Ela ressaltou, ainda, que o processo se dará em blocos, de forma gradativa.
“O SIGAA é muito complexo, a gente vai implantando aos poucos. Ele já está implantado na pós-graduação. Foi uma estratégia na época: começa na pós-graduação porque é menor e mais controlado, depois a gente vai para a graduação, que é esse mundo que a gente tem. Uma vez avançado na graduação, a gente avança com iniciação científica, projetos, assistência estudantil, extensão, etc. Essa integração que é o nosso objetivo final”, defendeu.
O sindicato é a favor das medidas de modernização do sistema que causam benefícios para a categoria, a exemplo da facilitação das progressões. A Reitoria discutirá a proposta em reunião técnica na próxima terça-feira (19/11), com a Superintendência de Tecnologia da Informação – STI, e a Superintendência de Administração Acadêmica – SUPAC.
Além do reitor em exercício e da superintendente do STI, a audiência teve a participação do superintendente de Avaliação e Desenvolvimento Institucional, Adriano Peixoto, e dos diretores da Apub Fernanda Almeida (UFBA/CRECHE), Bárbara Coelho Neves (ICI/UFBA) e Manoel Marcos Freire D’Aguiar Neto (Física/UFBA).