APUB pleiteia permanência da professora Irma em seu cargo e na disciplina Canto Lírico

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Sindicato realizou na tarde de terça reunião com Direção da Escola e pede manutenção da professora Irma Ferreira dos Santos

Na manhã de hoje (8/4), a diretoria da APUB, representada pela vice-presidenta Barbara Coêlho e pelo diretor social e de aposentados Marcos d’Aguiar, acompanhada da assessoria jurídica do advogado Pedro Ferreira, reuniu-se com o Pró-Reitor de Desenvolvimento de Pessoas, Jeilson Andrade, para discutir o caso da professora Irma Ferreira dos Santos. A reunião aconteceu na sequência de uma reunião com a professora Irma na sede do Sindicato na última quinta-feira, tão logo a diretoria pôde inteirar-se do fato.

Até o semestre passado, a professora Irma, autodeclarada negra, ministrou aula de Canto Lírico na Escola de Música da UFBA como docente substituta, aprovada em vagas reservadas no processo seletivo simplificado. Uma decisão da 10ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia determinou o cancelamento da convocação, e a nomeação da candidata aprovada na ampla concorrência. A professora Irma atendeu a todos os critérios legais e institucionais previstos para o ingresso por cotas raciais, mecanismo legítimo e estratégico na reparação das desigualdades históricas que marcam o acesso de pessoas negras ao serviço público e ao ensino superior. 

Por isso, e em respeito à lei de cotas que vem contribuindo com a democratização da universidade, a demanda apresentada pela APUB é pela permanência da professora Irma na universidade. Uma reunião com a direção da Escola de Música da UFBA e a APUB acontece na tarde de hoje (8/4), para propor uma solução, que passa pela permanência da Profa. Irma no componente curricular “Canto Lírico”, para o qual foi selecionada.     

Essa não é a primeira vez que a política de cotas é atacada. O assédio judicial contra a universidade, que está colocando em prática a Lei 12.990/2014, que reserva 20% das vagas no serviço público para pessoas negras, vem se tornando frequente, e a solução de manter as duas candidatas já foi adotada em outras situações. Tal situação configura-se, em muitos níveis, um ataque à autonomia universitária, como pontua a presidenta da APUB, professora Raquel Nery, que avalia essa intervenção como “seletiva”: 

“A autonomia universitária não é violada, por exemplo, no modo como o tratamento das questões das desigualdades históricas relacionadas aos povos africanos na diáspora é feito nos nossos currículos, nos nossos projetos de pesquisa e extensão – o judiciário não se mete nisso. Mas quando a gente transforma esse campo teórico em uma ação concreta, corrigindo ativamente a injustiça, nós temos essa interferência”, analisa a professora. Uma  coletiva de imprensa com a professora Irma deve acontecer na sede da APUB na manhã desta quinta-feira (10/4), para mais detalhes sobre o caso. Até lá, a APUB se empenha para uma solução que resguarde os direitos da docente.

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