A notícia sobre o reajuste, em 15%, do piso salarial de professores e professoras do ensino básico, em portaria assinada pelo Ministério da Educação no dia 16 de janeiro, última segunda-feira, é motivo de comemoração para a APUB e para todos que lutam por educação pública de qualidade. A conquista significa um caminho para a valorização da categoria docente em todos os níveis, assim como aponta a retomada de um projeto de país que reconhece a educação pública como um dos setores centrais para o desenvolvimento social e para o combate às desigualdades. E nesse sentido, a APUB já discute e tem se articulado neste início de ano e de novo governo federal, juntamente ao PROIFES-Federação, para pautar os direitos das professoras e professores do Magistério Superior e do EBTT das Universidades e Institutos Federais.
Há, efetivamente, um conjunto de pautas represadas relativas à categoria, sendo a questão da recomposição salarial uma das prioridades, devido às perdas inflacionárias (índice de aproximadamente 40%) e congelamento dos salários dos servidores públicos federais, nos últimos seis anos, período em que especialmente as IFES enfrentaram processo de desmonte e ataques sistemáticos. Mas será também fundamental a mobilização da categoria para a discussão e negociação em torno das condições de trabalho e salarial (diferente da pauta de reposição das perdas inflacionárias) e pela continuidade da reestruturação da carreira do MS e EBTT, já que o último acordo, proposto pelo PROIFES, foi assinado em 2015 pela presidenta Dilma Rousseff. Assim, para dar encaminhamento a essas pautas, o PROIFES participará de reunião na quarta-feira, 18 de janeiro, com o presidente Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os quais receberão cerca de 500 dirigentes sindicais. Entre as pautas da reunião, vão ser debatidas as questões trabalhistas, no que se refere às condições de trabalho e salarial dos docentes federais. Após isso, a APUB convocará, para o dia 24 de janeiro (terça-feira), as professoras e professores das IFES baianas para Assembleia Geral a fim de discutir a mobilização em defesa da Democracia e os desafios do movimento sindical docente nesse contexto.
