Na tarde de ontem (18), a Apub realizou a Assembleia Geral, deliberada pela AG do dia 04 de junho, para avaliar as mobilizações da Greve Geral da última sexta-feira (14) e discutir ideias para a construção da Feira do Conhecimento.
O vice-presidente, Emanuel Lins, fez os informes da diretoria (veja aqui); entre os repasses, informou o resultado das eleições de delegadas/os da Apub para o XV Encontro Nacional do PROIFES. O sindicato será representado por 8 delegadas/os, sendo 7 eleitas/os e uma representante da diretoria. Confira aqui a delegação.
Para contribuir com a avaliação da Greve Geral, a Apub convidou Elisângela Araújo da CUT e Weslen Moreira da APLB; segundo ela, as Centrais Sindicais fizeram um balanço positivo do dia 14, principalmente ao considerar o momento de vulnerabilidade e desemprego que gera receio no trabalhador/a em aderir a uma greve. Estima-se que cerca de 45 milhões de trabalhadoras e trabalhadores dos diversos segmentos participaram de alguma forma de manifestação. Atos, marchas e paralisações nos locais de trabalho e vias púbicas aconteceram em 380 cidades, contando com todas as capitais, sendo que em 19 delas houve paralisação dos trabalhadores do transporte público. Weslen fez uma breve análise de conjuntura sobre as mobilizações de maio e junho, ressaltando a importância da mobilização do setor da educação com uma pauta que tem capacidade aglutinadora e de unificar a população.
À isso, a presidenta Raquel Nery acrescentou que a defesa da educação pública tem conseguido gerar mais reações do que a Reforma da Previdência, o que possivelmente se dá por duas razões principais: a experiência vivida nos últimos anos com a ampliação do acesso à educação, principalmente superior, e sua capacidade de transformar a realidade da população; e o desconhecimento real sobre os danos da reforma da previdência devido ao discurso oficial que tem grande alcance, o que ressalta a necessidade de disputar a narrativa massivamente.
A professora Fernanda Almeida (Creche/UFBA) ficou responsável por relatar e avaliar as atividades da Comissão de Mobilização, que realizou panfletagem e conversas nas unidades da UFBA, inclusive nos locais de atendimento ao público externo, como no SMURB, sobre as pautas da Greve Geral.
Sobre a Feira do Conhecimento, prevista para o dia 16 de agosto e organizada pela Apub em parceria com APLB, ADUNEB e outras entidades, o professor Emanuel lembrou o objetivo principal de ampliar o diálogo com a população sobre o direito à educação e outros correlatos, assim como ressaltar a relevância social das escolas e universidades públicas para a sociedade e para o desenvolvimento do país. Durante a atividade, serão expostos experimentos, trabalhos, pesquisas, serviços, apresentações artísticas, entre outras propostas. Onze unidades da UFBA já responderam oficialmente e outras já se manifestaram informalmente o interesse de participar da Feira.
Encaminhamentos:
– Continuar em estado permanente de mobilização;
– Realizar atividades conjuntas, dando apoio aos sindicatos que estão em dificuldade financeira, em relação aos temas da educação e reforma da previdência;
– Manter-se firme na posição de não negociar direitos, defendendo a aposentadoria;
– Produzir materiais sobre a Reforma da Previdência, sobre privatizações e principalmente sobre a questão dos cortes na educação;
– Construção de Frente Ampla em Defesa da Educação e de um Congresso da Educação da Bahia, envolvendo educação básica e superior;
– Nota de apoio aos professores/as atropelados durante ato da Greve Geral, em Niterói, RJ;
– Análise mais profunda da correlação de forças do governo;
– Realizar ciclo de debates preparatórios com delegadas/os para o XV Encontro Nacional do PROIFES, devendo ser ampliado para participação de outros/as professores/as;
– Levantamento das atividades que permanecem em funcionamento na UFBA durante o recesso junino, para dar continuidade a mobilização (panfletagem, diálogos, rodas de conversas, etc).
– Registro no site da Apub a respeito da manifestação das/os docentes durante a Conferência com o ministro Ricardo Lewandowski;
– Pensar convocação e participação no ato do 02 de julho;
– Convidar DCE/UFBA e Assufba para continuar ações conjuntas em defesa da educação;
-Pensar formas de comunicação permanente no recesso;
– Moção de solidariedade à professora Isaura Cruz (FACED/UFBA);
– Moção reivindicando a garantia do direito à vida digna, à posse da terra e às políticas públicas para os/as trabalhadores/as rurais, povos do campo e das florestas;
– Participação na Feira Estadual da Reforma Agrária;
– Pensar estratégia de divulgação e assessoria de comunicação para a Feira do Conhecimento;
– Ciclo de Debates sobre análise de conjuntura;
Após a aprovação do bloco de encaminhamentos, a assembleia votou separadamente a proposta do professor e diretor da Apub, Claudio André, de construir um Congresso sobre educação na Bahia. Os docentes debateram sobre o caráter da atividade e das diferenças entre o Congresso e a Feira do Conhecimento, já aprovada no primeiro bloco, até que chegaram a conclusão de que a diretoria do sindicado deverá elaborar uma proposta mais sólida e levá-la para avaliação em outra assembleia.
Em seguida, a Apub realizou Assembleia para eleger delegadas/os que representarão o sindicato no Congresso Nacional da CUT. Foram eleitas as professoras da Faculdade de Educação, Claudia Miranda e Marize Carvalho, tendo como suplentes a professora Celi Taffarel e o professor Jailson Alves, diretor da Apub Sindicato.
Na oportunidade, também foram escolhidas seis delegadas/os para o Congresso Estadual da CUT-Bahia. Além dos quatro nomes citados anteriormente, a professora Isaura Cruz e Marta Lícia de Jesus, diretora da Apub, formam a delegação estadual.