Placas distribuídas em obras da UFBA exibem informações de construções em vários pavilhões. Mas, o que se vê são obras inacabadas. Por conta disto, a universidade instaurou uma comissão de sindicância. Segundo a assessoria de comunicação da UFBA, são 15 obras, cujo investimento é de R$ 58 milhões: Física e Química, ICI, Música, ICS, Hospital de Medicina Veterinária e Radiologia, Instituto de Biologia, Biblioteca de Exatas, IHAC, Farmácia, Direito, IMS – Vitória da Conquista, Veterinária e os pontos de distribuição em São Lázaro e no Canela.
A decisão de instalar uma comissão para apurar a situação foi tomada em reunião do Conselho Universitário. A professora Sílvia Leite, representante docente do conselho, considera a situação uma das piores possíveis. Ela contou que, durante a reunião, foi abordado que para finalizar as intervenções, a universidade precisaria de R$ 79 milhões, mas que só há R$ 30 milhões previstos para obras em 2015. Segundo a docente, os atrasos não inviabilizam a universidade, mas há uma série de prédios que comprometem o ensino com excelência.
Para a professora, o fato de a licitação para todo o processo de construção e entrega da obra dificulta a conclusão. “É uma empresa que planeja, outra que constrói, outra que vai mobiliar. Não licita o todo. É sempre por partes”. Ela deu como exemplo o prédio do IHAC, que é novo, onde uma parte está adiantada e a outra parada. “É um caso de empresas diferentes”, frisou a professora Sílvia.
O assunto Obras e infraestrutura foi tema da última reunião entre docentes de todo o país o Ministério da Educação, através da Sesu (Secretaria de Ensino Superior). A Apub esteve presente, representada pela professora Sílvia Leite, que participou de quase todas as reuniões temáticas sobre expansão das IFE no MEC, e professor Cláudio Lira (ambos da Faced). Na oportunidade, os docentes enumeraram problemas oriundos da falha de planejamento decorrente da rápida expansão e defenderam maior transparência nos critérios de aprovação e acompanhamento das obras.
Além disso, os docentes questionaram sobre a possibilidade de suplementação para que as obras na federal da Bahia sejam finalizadas, visto que este problema atinge diretamente a categoria. Segundo representantes do MEC, a questão está sendo tratada com o Reitor, que já foi à sede do Ministério algumas vezes conversar sobre a situação da UFBA.
Com informações da edição desta segunda-feira do Jornal A Tarde.