Debate sobre papel da Proifes na construção de uma Nação Soberana encerra a programação do XVIII Encontro Nacional

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Texto introdutório defende mobilização permanente para criar movimento propositivo que, dentro de bases democráticas, exerça pressão nos poderes

“Precisamos estar em mobilização constante contra os ataques às instituições de ensino, que tanto produzem conhecimento para a sociedade”, afirmou o diretor de Ciência e Tecnologia da Proifes-Federação, professor Enio Pontes, nesta quinta-feira (14/07), ao ler a carta introdutória do Eixo VI: “Os desafios da construção de uma nação soberana e a atuação da Federação nesse processo”. A mediação do debate – que encerrou a programação do XVIII Encontro Nacional da Proifes-Federação -, foi realizada pelos professores Lúcio Olímpio Vieira (ADUFRGS-Sindical) e Isaura Brandão (ADURN-Sindicato).

Ênio Pontes também leu a carta introdutória ao debate. Entre outras questões, o texto destacou o papel da Proifes-Federação na defesa das universidades, no tripé ensino pesquisa e extensão. “É necessário construir uma agenda ativa, com mobilização das bases sindicais e articulação com outras entidades educacionais e científicas”, disse.

Ao ler o texto “A carreira universitária na luta para a autonomia e a produção do conhecimento”, de autoria do ADUFSCar-Sindicato, o professor Oto Vale afirmou que a carreira universitária é um importante ativo para a consolidação da autonomia universitária. “A luta pela manutenção dessa carreira e por melhores condições de trabalho deve consolidar um ponto de unidade para a mobilização da categoria”, declarou.

O professor Gil Vicente Reis de Figueiredo, também da ADUFSCar, leu o texto “A destruição orçamentária da investigação científica e tecnológica no Brasil”. Na oportunidade, ele ressaltou – conforme consta no texto -, que “a construção e uma Nação Soberana naquilo que concerne mais diretamente às universidades e institutos federais passa pela produção de conhecimento de ponta, pela formação de quadros profissionais qualificados”.

O docente lembrou, ainda, que, nos últimos seis anos, o País seguiu a trilha de destruição de universidades. “Com a aprovação da EC 95, a chamada Lei do Teto de Gastos, era possível prever com razoável precisão as consequências que dela adviriam para a educação e outras áreas”.

Diversas propostas foram apresentadas pelos docentes que acompanharam as discussões. Entre elas, o estabelecimento de questões relacionadas à luta pela manutenção da carreira e melhores condições de trabalho. Todas as propostas foram votadas pelos delegados e serão avaliadas, posteriormente, pelo Conselho Deliberativo da Proifes-Federação.