Docentes do ICTI / UFBA recebem Apub na Escuta

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Professores do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) da UFBA (Campus Carlos Marighella), em Camaçari, receberam representantes da Apub para mais uma edição do Apub na Escuta. Participaram, pelo Sindicato, a professora Fernanda Figuerêdo Almeida, Diretora Financeira da Apub, e os professores Emanuel Lins e Marco Cerami. 

A reunião começou com a escuta das demandas docentes, com atualizações das atividades do Instituto. A professora Carina Silveira compartilhou sobre a criação do primeiro Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Tecnologia: “estamos entendendo que Camaçari está crescendo e atentos para o mercado de trabalho”, explicou a professora. Essa ampliação vai ter impacto sobre o espaço físico, que já está pressionado: hoje, o prédio que sedia o Instituto tem poucas salas e falta até mesmo um espaço que sirva de refeitório para estudantes. A perspectiva é que, em 2025.2, o espaço não comporte mais o corpo discente.

A greve deste ano impactou negativamente na permanência dos estudantes, na avaliação dos professores presentes. “É nítida em sala de aula a evasão dos alunos após a greve”, avalia Carina. A falta de segurança também tem impacto sobre a permanência, com estudantes – em especial aqueles que se deslocam de Salvador – relatando o temor de assaltos dentro do ônibus. Deslocamento é um dos pontos de atenção também para docentes: para as/os  professoras/es que residem em Salvador, o valor de custeio para transporte não é suficiente. A dificuldade de transporte também impacta na contratação de professores substitutos para o campus. “Esse é um debate que precisamos enfrentar, se não, a gente não debate  interiorização”, avalia o professor Emanuel Lins.

Foram avaliados ainda os ganhos e impactos da greve para os docentes, e reflexão sobre as próximas pautas, como piso e autonomia. “A gente precisa fortalecer essa política do piso, senão a gente só vai seguir acumulando perdas e voltando das greves sem conseguir discutir carreira”, avalia o professor Emanuel. Sobre a questão da autonomia, ele contextualiza sobre a necessidade de se regularizar o artigo 207 da Constituição: “A universidade é tratada como uma repartição pública, mas a gente tem dinâmicas próprias e isso nos prejudica”, completa.

O grupo ainda debateu modelos de carreira, que são diferentes entre Andes e PROIFES, com o primeiro defendendo uma carreira mais longa, o que não beneficia a categoria. A professora Fernanda destacou ainda a situação dos aposentados: “Essa é outra luta que a gente tem feito, a PEC 555, pra deixar de descontar contribuição previdenciária de quem já aposentou. Isso porque hoje, quem é aposentado, contribui. Essa é uma luta que a gente está fazendo e vamos no Congresso dialogar com congressistas de esquerda ou direita, a respeito”, avalia. O Apub na Escuta é um espaço regular de escuta da diretoria da Apub nas unidades. As próximas edições acontecem em 29 (ISC) e 31 de julho (Unilab).