Na tarde de ontem, 24 de janeiro, a APUB realizou uma Assembleia Geral online para discutir a conjuntura política no país e teve como pauta única: Mobilização em Defesa da Democracia e os Desafios do Movimento Sindical Docente. A AG contou com a participação, por meio da plataforma Zoom, de 58 docentes e cumpriu o objetivo de mobilizar a categoria para definir, junto com a direção do sindicato, as prioridades e estratégias para a atuação nas IFES baianas neste início de 2023, um mês após a posse da nova gestão Tecendo o Amanhã (biênio 2022-2024).
A presidenta da APUB, Marta Lícia de Jesus, conduziu a segunda assembleia do ano, ao lado da vice-presidenta Clarissa Paradis. Após a aprovação da pauta, a abertura da AG foi reservada para os informes; Marta Lícia fez um retrospecto das principais pautas e acontecimentos realizados durante o mês de janeiro, destacando também a forma assertiva como a categoria manteve as Ifes mobilizadas e funcionando nos últimos quatro anos, diante dos cortes de orçamento, desinvestimento na Educação e Ciência, e perseguição aos docentes. Ressaltou ainda os resultados animadores do comitê criado na assembleia do dia 07 de outubro, durante as eleições, para mobilizar a sociedade a defender a democracia, com a indicação explícita e inédita de apoio à candidatura de Lula para presidente e Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia.
Entre as atividades realizadas pela diretoria, destacam-se a participação na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a organização e participação da reação dos sindicatos e movimentos sociais, no dia 09/01, ao ato terrorista contra a democracia que ocorreu em Brasília, no dia 08 de janeiro, com a invasão da sede dos três poderes em Brasília e depredação do patrimônio público; a participação da entidade no festejo popular da Lavagem do Bonfim, no dia 12/01, e apoio e participação ao ato em defesa da democracia na Reitoria no dia 13/01; além disso, a importante vitória contra a implantação do ponto eletrônico para os/as docentes EBTT do IFBA.
Os GTs que irão subsidiar discussões e políticas da diretoria também foram apresentados no bojo das ações do mês de janeiro. Foram criados os GT de Extensão e GT de Carreira, Progressão e Aposentadoria, para atuar ao lado dos já existentes – de Educação, de Ciência e Tecnologia e de Raça, Gênero e Sexualidades. A coordenadora do GT de Extensão, a professora Carolina Paraíba, informou o início das atividades do grupo, que já realizou duas reuniões e convidou as professoras e professoras a participarem da iniciativa, que nasceu de um anseio em aprofundar a relação entre a universidade e a sociedade.
Passado o período dos informes, a Plenária entrou no momento de construção dos diálogos entre os presentes sobre o ponto central da AG, após a análise de conjuntura realizada por Marta Lícia e Clarisse Paradis, com o objetivo de definir ações específicas para a qualificação dos debates, massificação dos conteúdos nas redes, tendo como foco a defesa da democracia e soberania do país e a retomada da luta, com perspectiva de avanços, pelos direitos dos docentes que foram usurpados durante o governo Bolsonaro. Muitas foram as contribuições dos presentes, que discutiram e apresentaram propostas.
Após as inserções das propostas, Clarisse fez a leitura dos encaminhamentos a seguir, aprovados por unanimidade:
– Campanha de valorização docente, melhoria das condições de trabalho e salários nas IFES;
– Debater a posição do sindicato com a categoria, de modo a antecipar as discussões antes da abertura da mesa de negociação que se avizinha;
– Levantar as demandas das IFES baianas (obras paradas, falta de servidores técnicos-administrativos, etc. ) de modo a lutar pela melhoria da sua infraestrutura, bem como propor formas de distribuição orçamentária a partir de critérios atualizados, que superem RAP;
-Reforço da importância da relação entre universidade e educação básica – valorização da licenciatura, incentivo da iniciação científica nas escolas públicas;
– Defesa dos serviços públicos e da educação no território baiano, incluindo a reivindicação de fortalecimento da FAPESB;
– Defesa da lei de cotas raciais;
– Ações permanentes e articuladas com outros sindicatos e movimentos sociais em defesa pela democracia, a exemplo do comitê baiano pela democracia;
– Publicar manifesto contra o etnogenocídio do povo Yanomami, por demarcação das Terras Indígenas e contra o garimpo, legal e ilegal, em TI’s;
– Articular-se junto ao MST na frente de luta por justiça contra assassinatos nos assentamentos Paulo Jackson;
– Manutenção da pressão em Brasília, pois o orçamento aprovado para 2023 é muito limitado, para garantir a melhoria e o funcionamento das IFES, a assistência estudantil, etc.;
– Incentivar ações do sindicato que promovam disputas com novas estratégias de comunicação, pensando a particularidade do período e a necessidade de combater fake news e disputar narrativas;
– Garantir a presença forte da APUB no Congresso da UFBA, com debates, ações de filiação, identidade visual própria, etc.;
– Assegurar presença forte do sindicato no 08 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres;
