Na última terça-feira (5), diretores do Proifes Federação se reuniram com o ministro da Educação Aloízio Mercadante e o secretário da SESU, Amaro Lins. Na oportunidade, o professor Eduardo Rolim, presidente da entidade representativa dos docentes, entregou ao ministro o documento com as deliberações da reunião do Conselho Deliberativo do Proifes, realizada no dia 3 de junho, que propôs indicativo de greve para o dia 15 de junho, caso não sejam retomadas as negociações no GT Carreira, com aceitação pelo governo da equiparação salarial entre docentes e servidores da carreira de Ciência e Tecnologia. Além disso, consta no documento as solicitações da retirada da nova forma de cálculo da insalubridade e periculosidade da MP 568/2012; progressão de D1 para D3 dos professores do EBTT portadores de títulos de mestrado ou doutorado, enquanto não for regulamentado o Art.120 da Lei 11.784/2009; e a continuidade do processo de expansão de universidades e institutos federais. Aloízio Mercadante se mostrou indignado com a paralisação deflagrada por parte dos docentes do país no último dia 17 de maio e que a decisão foi precipitada. Ele disse ainda que não será a greve que irá mudar o andamento das negociações nem pautar o governo. Sobre o Grupo de Carreira, o ministro informou que suspensão das discussões foi momentânea, para reavaliação do complexo quadro econômico que se desenha no mundo, e que é pano de fundo para a questão orçamentária que terá que ser equacionada pelo governo, envolvendo não apenas docentes como os demais funcionários públicos federais, e que serão retomadas a partir desta terça-feira (12). O ministro destacou ainda que está em pleno de acordo com a equiparação entre as carreiras, conforme defendido pelo Proifes, e vai trabalhar nesse sentido junto ao Ministério do Planejamento. No entanto, ponderou que será difícil isso ocorra de uma vez só, em um ano. Os docentes aguardam a retomada da negociação da carreira e esperam que o governo apresenta um plano a contento da categoria.
Foto Fabiana Carvalho
