APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Entidades da América Latina trocam experiências sobre privatização e comercialização do setor

Desde o dia 19, o PROIFES-Federação e mais 15 entidades que representam professores na América Latina estão debatendo a privatização e comercialização do setor da educação em encontro na Costa Rica. Promovida pela Internacional de Educação da América Latina (IEAL) e pela Fundação Friedrich Ebert (FES), a reunião vai até sexta-feira (21).

Nestes três dias de trabalho, professores discutem o panorama atual de cada país e apresentam estratégias para os problemas apresentados.

Para Combertty Rodriguez, coordenador da IEAL, é importante que as organizações nacionais estejam comprometidas com a campanha global contra a privatização e comércio educacional.

Sandra Cartin, coordenadora de projetos da Fundação Friedrich Ebert (FES), alertou que novos acordos comerciais têm influência na educação. Cartin salientou que os serviços públicos têm uma regulamentação que impede marketing. No entanto, Cartin ressaltou que esses acordos muitas vezes contêm cláusulas que visam  favorecer o lucro.

Elbia Pereira, membro da Comissão da IEAL, observou a importância de tomar consciência de cada um das nossas organizações e colocar esta questão no debate. Para Pereira é vital analisar qual o impacto em cada país e qual é o objetivo específico da mercantilização da educação.

A reunião também foi acompanhada por Angelo Gavrielatos, gerente de projeto da resposta global da IEAL contra a privatização e mercantilização da educação e Nicolas Richards, coordenador da Unidade de Solidariedade e Cooperação para o Desenvolvimento da IEAL.

Angelo Gavrielatos salientou que o sucesso da campanha depende das organizações e dos seus membros em cada país. “Não há nenhuma campanha de resposta global de cada organização, uma forte campanha nacional é necessária contra a privatização e o comércio educacional com a solidariedade internacional. Ação e cooperação nacional e internacional são necessárias em nossos países. Nós somos a defesa da educação pública, podemos fazer a diferença “, acrescentou Gavrielatos.

Angelo Gavrielatos e Nicolas Richards fizeram uma apresentação sobre os avanços, as realizações e os desafios da estratégia global.

Também houve exposição de Juan Arancibia, um investigador da IEAL, que reuniu os conceitos e definições, informações que foram usadas nas atividades da reunião.

O PROIFES-Federação está sendo representado pelo vice-presidente e diretor de Comunicação, Flávio Silva (Adufg Sindicato),  e pelo diretor de Relações Internacionais e de Políticas Educacionais, Gil Vicente Reis de Figueiredo (ADUFSCar, Sindicato).

Ontem, pela manhã, o Professor Gil Vicente fez uma exposição sobre o processo de privatização do ensino no Brasil, destacando os seguintes pontos: 1 – Concentração progressiva da matrícula na esfera privada; 2 – Repasse crescente de recursos públicos para as instituições privadas; 3 – Concentração em poucas empresas; 4 – Leis relacionadas com a educação e sua aplicação; e 5 – Propostas de ações. À tarde aconteceu a elaboração de um plano de trabalho conjunto, entre os membros do PROIFES Federação e CNTE para definir ações políticas.

Fonte: PROIFES-Federação

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