APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

“Eu não sou da geração que aprendeu a gritar e vaiar colega e estudante”

Professora Uilma Rodrigues Amazonas

Gestão: 1999 – 2000 

Por que a Apub precisa continuar a ser um sindicato autônomo, independente e de base?

A Apub precisa continuar sendo autônoma e um sindicato de base pelo legado que ela construiu durante esses mais de 20 anos, ou quase 30, eu fui presidente da Apub, no ano de 2000. E esse legado é dos professores, essa é uma conquista dos professores. E esses professores são ativos e aposentados. Então, esse legado dessa autonomia, a gente hoje tem uma estrutura como a sede da Apub porque o sindicato teve essa autonomia para conseguir isso. A gente tem essa autonomia financeira porque a gente decidiu ser um sindicato de base.

Existe um acervo artístico e cultural que foi doado pelos professores da UFBA. São 30 autores dessas obras que doaram suas obras para a sede Apub. Isso pertence a esse legado da Apub como sindicato de base. Então, isso é nosso e não de uma instituição nacional como a ANDES, por exemplo, que passa a ter exatamente o domínio sobre esse nosso acervo. E os professores, quando doaram essas obras, eles não doaram a uma entidade nacional. Eles doaram a sede do seu sindicato, da Apub.

Por que a APUB deve continuar filiada ao PROIFES? 

Eu acho que devemos continuar filiado ao Proifes, não tenho a menor dúvida. Porque é uma federação que nos dá liberdade, é uma federação que não se impõe, cada unidade da base do Proifes tem independência, tem liberdade, tem suas próprias políticas e isso nos dá uma identidade com o nosso professor, com os nossos associados, que a gente não tem em outro modelo de sindicato.

Qual você considera ser o principal  legado da sua gestão? 

Na minha gestão tivemos oposição, mas a gente não entrou em confronto. A gente tinha uma convivência, eu diria, de oposição, de respeito às ideias diversas, ao contraditório. A gente convivia sem as agressões atuais, por exemplo. Então eu acho que esse foi um legado que a gente foi construindo também e foi aprendendo a conviver com a diferença. Eu não sou da geração que aprendeu a gritar e vaiar colega e estudante. Isso é novo. Estou vendo isso agora. Mas nesses 30 anos de experiência como docente da UFBA, eu nunca vi isso. É a primeira vez que eu estou vendo professor vaiar estudante que está pedindo aula, vaiar professor que está dizendo que não quer greve. A gente sempre respeitou o pensamento diverso.

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