Governo Bolsonaro tem prazo de validade e age como nuvem de gafanhotos

Governo Bolsonaro tem prazo de validade e age como nuvem de gafanhotos
Governo Bolsonaro tem prazo de validade e age como nuvem de gafanhotos

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

A nuvem de gafanhotos é uma das pragas agrícolas mais conhecidas e recorrentes na história da humanidade. Os fatores que levam à sua formação não são claros.

Geralmente, sua duração não é muito prolongada, mas os estragos são enormes e levam tempos para serem recuperados.

O governo de Jair Bolsonaro se comporta exatamente como uma nuvem de gafanhotos. Sua origem é nebulosa, e veio para devorar tudo o que encontrar pela frente, com muita rapidez, voracidade e violência, sabendo que tem prazo (curto) de validade.

Prazo?

Retirada de direitos dos trabalhadores, loteamento de cargos, distribuição de recursos para aliados em larga escala e privatizações do máximo que conseguirem são algumas das principais características do governo Bolsonaro.

O verniz ideológico, com radicalismos e flertes com posições extremistas, muitas vezes, não passa de uma farsa teatral para desviar a atenção das reais pretensões dos governistas: sugar tudo o que puderem do Estado até o final do corrente mandato.

Para muitos que fazem parte desse governo, a redução do Estado e a transferência dos recursos públicos para o setor privado não se baseiam em concepções teóricas ou alinhamentos a algum projeto de nação. São apenas oportunidades de se aproveitarem da situação para obtenção de poder e dinheiro (para si, para apoiadores ou para grupos com quem têm ligação).

O governo Bolsonaro é um projeto que já estava fadado ao fracasso antes mesmo de começar. E eles sabem disso. Sabem que é impossível sustentar por muito tempo um modelo de governo tão ruim, ineficaz, incompetente e sem rumo. É por isso que apelam para a violência, para os constantes confrontos sem sentido e para as “fake news”. Com isso, conseguem tirar os focos dos fracassos do próprio governo e ainda manter algum tipo de apoio de setores (cada vez menores, é verdade) mais radicalizados da sociedade.

É aí que mora um dos perigos. Um governo assim só consegue se manter por mais tempo se adotar a violência estatal como método de controle social. Essa é uma das razões pelais quais Bolsonaro já fez inúmeras ameaças nesse sentido e seu governo promove perseguições contra opositores.

Mas de forma geral, é um modelo que privilegia o oportunismo. Se algum setor da sociedade vai dar algo em troca, o governo destina esforços para agradar-lhe. Se é o outro, inverte o rumo e segue junto. Por esse motivo, as mudanças de opinião são frequentes. É oportunismo na sua mais pura essência.

Nesse projeto, não há o mínimo interesse em garantir os direitos básicos para a população. Reduzir o desemprego, a fome e o empobrecimento dos brasileiros gerariam gastos para o governo. E se eles gastarem com isso, terão menos recursos para destinar aos “parceiros” que se esforçam para sustentá-los no poder.

Um governo como este, se fosse em qualquer país com uma classe política minimamente séria e instituições comprometidas com a Democracia, já teria acabado há tempos, com muita gente na cadeia ou banida da vida política.  

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido um dos principais atores na execução desse projeto. Como veio do sistema financeiro (onde foi banqueiro por mais de 25 anos e um dos fundadores do BTG-Pactual), ele representa os interesses do mercado e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.

Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade do orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer). A regra é: diminuir o Estado, privatizar e destinar o dinheiro das privatizações para os bancos.

Com a redução cada vez maior do papel do Estado, incluindo aí, a retirada de direitos dos trabalhadores, são abertas alternativas para o setor privado atuar, por meio das privatizações e das terceirizações. Por isso, muitos empresários fecham os olhos (e o nariz) para as barbáries perpetradas pelo governo e continuam empenhando esforços (e recursos) para sustentá-lo. O Brasil pode estar vivendo um caos, mas se eles estão ganhando dinheiro, está bom para eles.

Obviamente, isso não é novo. Durante o nazismo, muitas marcas alemãs se aproveitaram da relação com o governo para faturar muito, se estruturar e ampliar seus negócios. Várias delas se tornaram gigantes multinacionais. Parte do empresariado brasileiro fez escolha semelhante ao apoiar (e continuar apoiando) o governo Bolsonaro.

Essa é absolutamente a mesma ótica dos deputados e senadores que poderiam ter impedido o desastre que vivemos (e isso inclui as centenas de milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas), mas optaram por não o fazer. Em 2022, o Centrão vai administrar um orçamento recorde de R$ 150 bilhões e o governo ainda destina quase R$ 20 bilhões em um orçamento secreto para comprar apoio de parlamentares. Esse dinheiro todo já comprou a consciência de muita gente.

A eles se somam militares que, em troca de milhares de cargos e recursos, deixaram de fazer o que (já não) faziam para participar da festa com os recursos públicos. Em troca, seguem subservientes, mas mantendo as tropas sob controle e o país sob a ameaça das armas e dos canhões (mesmo que sejam latas-velhas esfumaçantes, como o Brasil viu – e riu – naquela vergonhosa tentativa de pressão sobre deputados que debatiam o igualmente vergonhoso projeto do voto impresso).

Reformas para acabar com direitos

Para incrementar ainda mais esse projeto de consumo voraz do Estado brasileiro, os governos Temer e Bolsonaro vieram com as Reformas chamadas ‘estruturais’ (Trabalhista, a da Previdência e a Administrativa), cujo único objetivo sempre foi a retirada de direitos dos servidores e dos demais trabalhadores, e o esfacelamento do Estado. Só que a cada nova Reforma aprovada, o Brasil foi se afundando cada vez mais.

E como eles têm pressa, vem aí uma nova rodada, com uma nova Reforma Trabalhista e a Sindical.

Entre as medidas, estariam: a liberação geral do trabalho aos domingos, a abertura de agências bancárias aos sábados e uma “inovação”: a proibição explícita do reconhecimento de vínculo empregatício para trabalhadores de aplicativo. Em relação à organização sindical, o estudo apresenta propostas como o fim da unicidade sindical (com admissão de sindicatos por empresa, para enfraquecer a luta coletiva) e fim do poder normativo da Justiça do Trabalho (para destruir o sistema de proteção legal que ampara os trabalhadores).

Os ataques às universidades públicas também fazem parte desse pacote. Acabar com o pensamento crítico e com a formação de estudantes que pensem soluções para problemas sociais é algo que serviria a esse projeto de poder.

Inseticida resolve?

O mandato atual se encerra na virada de 2022 para 2023. Até lá, os brasileiros ainda irão sofrer muito. O tic-tac do relógio soa cada vez mais alto. Mas dar um fim a esse sofrimento poderia ser mais fácil do que acabar com uma nuvem de gafanhotos, só que aconteceria se as instituições do Estado cumprissem com seu papel (o que não estão fazendo).

Como este pode ser o último ano para que eles que se aproveitem do Estado, há intenções de acelerar o processo de desmonte do Estado neste ano.

A Reforma Administrativa, que é parte essencial desse projeto, ainda não foi derrotada. Cabe a todos nós continuar resistindo até o final dessa nuvem de gafanhotos, impedindo que ela consiga causar mais estragos do que já causou.

Fonte: APUB

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