GT Direitos Humanos do PROIFES debate proteção à diversidade em tempos de autoritarismo

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O Grupo de Trabalho Direitos humanos: Raça/Etnicidade, Gênero e Sexualidades do PROIFES-Federação, reuniu-se nesta sexta-feira, 9, em Brasília, na sede da entidade. Na pauta, informes, formação política, projetos de pesquisa, e conjuntura atual e perspectivas para um próximo governo, já marcado pelo autoritarismo e perseguição à diversidade.

“Esta foi a primeira reunião do GT após o período eleitoral, que foi muito marcado por violência, simbólica e física, contra a diversidade. E os relatos que estamos tendo de perseguições e agressões nos motivaram a debater formas de proteger estes grupos, e de dar visibilidade às suas pautas e reinvindicações que, ao que tudo indica, ainda devem enfrentar um recrudescimento do autoritarismo e da violência”, afirmou Luciente Fernandes (APUB-Sindicato), vice-presidenta do PROIFES e coordenadora do GT.

“O autoritarismo já chegou às universidades, como foi possível de ver durante e depois das eleições deste ano, e o PROIFES, por meio deste GT, está debatendo e articulando formas de envolver a universidade, os institutos federais e toda a academia em um movimento de conscientização sobre as formas de atuar em tempos de perseguições, ameaças à liberdade de cátedra, de expressão, e até às vidas dos professores, professoras e alunos”, acrescentou Luciene.

Entre os encaminhamentos, os principais foram atuar na defesa da universidade pública, gratuita, socialmente referenciada e de qualidade e do direito de cátedra na perspectiva dos Direitos Humanos, e manter e garantir a  aplicação do parágrafo 2 da Resolução N. 2 de 2015 do Conselho Nacional de Educação, que determina que:

“Os   cursos   de   formação   deverão   garantir   nos   currículos   conteúdos específicos  da  respectiva  área  de  conhecimento  ou  interdisciplinares,  seus  fundamentos  e metodologias, bem como conteúdos relacionados aos fundamentos da educação, formação na área  de  políticas  públicas  e  gestão  da  educação,  seus  fundamentos  e  metodologias,  direitos humanos, diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, Língua Brasileira  de  Sinais  (Libras),  educação  especial e direitos  educacionais de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.

Participaram também desta reunião: Isaura Brandão e Alex Reinecke (ADURN-Sindicato), Rosângela Oliveira e Lívia da Cruz (Sindiedutec-PR), Geovana Reis (ADUFG-Sindicato), Thais Madeira (ADUFSCar-Sindicato), Nildo Ribeiro e Leopoldina Menezes (APUB-Sindicato), Danilo Lima (SindProifes), Eronivaldo Pimentel (ADUFEPE-Sindicato) e Maria Stella Goulart (APUBH-Sindicato).