APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

Nota de solidariedade à Bruna Alexandra Colzani e repúdio ao agressor Henrique Gonçalves Vilela

Nós, feministas de vários movimentos e entidades baianas e nacionais, vimos a público expressar nossa indignação e veemente repúdio à violência brutal perpetrada por Henrique Gonçalves Vilela e seu pai, e cúmplice, o ex-policial Joas, contra Bruna Alexandra Colzani.

No dia 29 de dezembro de 22, Bruna foi internada na Unidade de Terapia Intensiva do HGE, com um quadro de traumatismo craniano, depois de ter sofrido agressões físicas de Henrique, seu companheiro. Bruna seguiu sendo violentada pelo o pai do agressor, que conduziu a vítima de modo a apagar provas e cercear qualquer contato e busca de ajuda pela jovem. Joas chegou a dar banho na vítima e cuidar dos ferimentos na tentativa de apagar as marcas do crime.

No dia da anterior, dia da agressão, Henrique foi autuado em flagrante por lesão corporal pela Delegacia da Mulher, mas foi liberado para responder em liberdade. Bruna prestou depoimento presencialmente na Delegacia, mas o contato com a delegada foi feito por uma chamada de vídeo, procedimento implementado para atendimentos ocorridos após as 18 horas. No momento em que Bruna era ouvida, o pai do agressor aguardava na sala ao lado e entrou na sala para falar com a delegada de plantão, que liberou Bruna sob a custódia do mesmo. 

A violência contra as mulheres é estrutural em uma sociedade marcada pelo patriarcado, racismo e pelas desigualdades de classe. As situações de violência alertam para o fato de que o corpo e vida das mulheres ainda são tratados cotidianamente como coisas, objetos de controle dos homens. Quando as mulheres buscam exercer sua autonomia e acabar com uma relação violenta são, muitas vezes, cerceadas e correm risco de vida.

A proliferação dos discursos violentos, conservadores e os desmontes nas políticas para as mulheres, vivenciados no último período, também contribuem para a perpetuação da violência e para a impunidade.

Repudiamos a liberação do agressor e do seu pai, que mesmo cometendo as barbaridades descritas, estão vivendo suas vidas normalmente, enquanto Bruna convive com sequelas profundas e com o medo. 

Reivindicamos a prisão imediata do agressor. Reivindicamos também que o atendimento nas Delegacias da Mulher, às vítimas de violência, seja realizado a qualquer momento em modo presencial, mesmo depois das 18 horas. 

Reafirmamos que as mulheres não andam sozinhas, todas se movem em fortes e consistentes Redes de Apoio, para combater as diferentes formas de violência, acabar com a impunidade, com o machismo, para acabar com o feminicídio.

Queremos justiça!! Basta de violência! Até que todas sejamos livres!

SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA – APUB 

MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES BAHIA

GEPM – GRUPO DE ESTUDOS MARXISTAS UFRB

NEUSA CADORE – DEPUTADA ESTADUAL 

NEIM- NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES SOBRE A MULHER- UFBA

GEM- CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AS MULHERES, GÊNERO, SAÚDE E ENFERMAGEM – EEUFBA

TAMO JUNTAS – ASSESSORIA MULTIDISCIPLINAR GRATUITA PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

GRUPO DE TRABALHO DA REDE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES DE SALVADOR-BA

COLETIVO FEMINISTA PROIFES-FEDERAÇÃO

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UNILAB, CAMPUS DOS MALÊS

FEMPOS – GRUPO DE PESQUISA FEMINISMOS, PÓS-COLONIALISMOS E EPISTEMOLOGIAS ANTI-HEGEMÔNICAS – UNILAB

SECRETARIA DA MULHER E TRABALHO CUT-BA

COLETIVO DE MULHERES PETROLEIRAS-BA

SINERGIA-BA

GRUPO DE ESTUDOS EM PODER,  DIREITO E DEMOCRACIA DA UFBA

NEGRAS- NÚCLEO DE ESTUDOS GÊNERO, RAÇA E SAÚDE UFRB

MUSA – PROGRAMA INTEGRADO GÊNERO E SAÚDE/ INSTITUTO  DE SAÚDE   COLETIVA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

GT FEM- GRUPO DE TRABALHO SOBRE FEMINICÍDIO NA BAHIA

Facebook
Twitter
Email
WhatsApp