Organização sindical da educação na América Latina foi o primeiro tema do X Encontro Nacional do PROIFES-Federação. A questão foi debatida por delegados, por observadores e por convidados do Brasil e do exterior durante a manhã desta sexta-feira (1).
A mesa foi divida em duas etapas. Na primeira, o PROIFES-Federação, por meio de Ana Christina de Andrade Kratz (ADUFG-Sindicato), propôs a criação de um espaço para discussão da realidade das mulheres na educação e no movimento sindical. “Será preciso articular esse processo em cada sindicato, teremos que criar um compromisso”, afirmou Ana.
A professora Fátima Silva, vice-presidente do Comitê Regional da IEAL (Internacional de Educação da América Latina), entidade da qual o PROIFES é filiado, apoiou a iniciativa. “Trata-se de um canal que oportuniza a discussão das políticas públicas especificas de questões de gênero”, afirmou. A IEAL promove anualmente encontros com a mesma finalidade.
A proposta foi votada e aprovada pela maioria dos delegados. “Sendo assim, o X Encontro Nacional indica a criação da Rede de Mulheres do PROIFES-Federação, que será oficialmente fundada no dia 16 de setembro e coordenada pela Ana Christina”, disse Rolim. O Conselho Deliberativo irá analisar a indicação na próxima terça-feira (5).
A segunda etapa abordou a importância da integração entre países das América Latina para fortalecer a luta dos trabalhadores da educação. A mesa diretiva foi composta pelo professor Eduardo Rolim; pela professora Fátima Silva; por Carlos de Feo, coordenador do setor de educação superior da IEAL; e pela Yamile Socolovsky, coordenadora do IEC (Instituto de Estudos e Capacitação / Conadu).
Rolim agradeceu a presença dos participantes e falou da intensa participação do PROIFES-Federação no processo sindical latino-americano e no mundo. “Somos filiados à IE (Internacional da Educação) há alguns anos. Recentemente, estive na Costa Rica para a reunião do Conselho de Presidentes e Secretários Gerais da Internacional da IEAL. Sempre incentivamos discussões sobre a integração entre os povos”, afirmou.
Yamile Socolovsky e Carlos de Feo discursaram sobre o papel do sindicato no processo democrático dentro das universidades, sobre a educação como um direito universal e sobre a autonomia para definir métodos de trabalho e prioridades.
Já Fátima Silva explicou aos presentes a dinâmica da IE. “Se acertar uma pauta dentro das universidades e dos sindicatos já é difícil, imagina quando estamos em um grupo internacional. Precisamos ter em mente o que nos une, que é a defesa dos trabalhadores e da educação pública. A direção da entidade é eleita em congresso e tem uma preocupação com o equilíbrio de representação entre os continentes”, contou.
Por Proifes Federação