A Apub promoveu na quarta-feira (11) um debate sobre campanha salarial 2015 e carreira docente. O evento aconteceu na UFBA e reuniu representantes de várias entidades. Compuseram a mesa os professores Flávio da Silva (ADUFG), Davi Romão (Apur) e Edson Cardoni (Condsef). O professor Cláudio Lira, diretor acadêmico da Apub coordenou os trabalhos.
Durante sua fala, Edson Cardoni fez questão de ressaltar o contexto difícil no qual a campanha deste ano acontecerá, devido à atual crise política do país. “Com o presidente do senado e o presidente da câmara citados na operação Lava Jato (…) isso mostra que a crise das instituições é tamanha”, afirmou. Segundo ele, diante desse quadro, a posição das organizações dos trabalhadores deve ser de independência. Cardoni também ressaltou a importância da pauta unificada aprovada pelos SPFs garantindo que as pautas específicas de cada categoria ganharão força quando apresentadas em conjunto com as reivindicações gerais. Por fim, afirmou que a campanha salarial dos servidores é importante para toda a sociedade: “defender o serviço público é defender a soberania nacional”, disse.
Flávio da Silva fez um breve histórico das negociações passadas e apresentou a proposta do Proifes para a campanha. Segundo ele, entre 2012 e 2015 houve um aumento real no salário dos professores, mas ainda existem distorções e perdas inflacionárias a serem corrigidas. A proposta gira em torno de três objetivos básicos além de garantir um reajuste acima da inflação: organizar a malha salarial, valorizar o vencimento básico (que seria vantajoso para os aposentados) e a dedicação exclusiva. (Veja aqui mais detalhes da proposta)
Ele também pediu mobilização e união entre os servidores, no que foi secundado por Davi Romão. “O cenário é difícil”, disse Romão e comentou os recentes cortes nos repasses do governo para as instituições federais. Em seguida, comparou as propostas do Proifes e Andes para a Campanha, destacando seus pontos convergentes e divergentes. As principais diferenças se encontram nos percentuais do piso salarial e do regime de DE. Por fim, Romão destacou que a greve de 2012 teve problemas do ponto de vista da unidade. “A campanha unificada é fundamental para a gente potencializar a nossa campanha específica”, concluiu.
Veja aqui as apresentações completas dos palestrantes: