Os funcionários terceirizados que prestam serviço à Universidade Federal da Bahia suspenderam as atividades por tempo indeterminado. A categoria reivindica o pagamento dos salários de fevereiro, março e abril, que ainda não foram pagos por algumas das 20 empresas contratadas pela Ufba. Outras não quitaram o valor referente a abril, que deveria ser depositado no último dia 5.
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp) informou que a UFBA possui cerca de 600 trabalhadores terceirizados e que 80%dos funcionários aderiram à greve. Na manhã do dia 12, cerca de 150 trabalhadores saíram em caminhada do campus de Ondina até a Reitoria no Canela para exigir o pagamento de vale-refeição e transporte nos finais de semana e a inclusão de plano de saúde para funcionários de empresas que ainda não oferecem o benefício. Dentre os profissionais mais prejudicados pelo atraso de salário estão porteiros e recepcionistas, que são vinculados à empresa Líder.
Em publicação o Sindilimp afirma que a responsabilidade das empresas é pagar tudo o que é devido. Não podemos ser usados como forma de pressionar a Reitoria a pagar. As empresas devem ter capital de giro suficiente para quitar os direitos trabalhistas e é isso que exigimos. O vice-reitor Paulo Miguez admite que a UFBA tem dívidas com algumas das empresas contratadas. No entanto, segundo ele, isso não inviabiliza que efetuem o pagamento regularmente. “Está previsto em lei que a empresa não deve suspender de forma alguma o pagamento dos trabalhadores, ainda que o contratante não possa pagar. Normalmente, as empresas suspendem como forma de pressionar a universidade”, afirmou.
Em assembleia, a categoria decidiu que só retornam às atividades após o pagamento do valor devido.