A Apub sindicato esteve presente na reunião extraordinária do Conselho Universitário da UFBA, realizada na tarde do dia 29 de outubro, no Salão Nobre da Reitoria, que rejeitou, por unanimidade a adesão da universidade ao projeto “Future-se” do MEC.
O vice-presidente da Apub, professor Emanuel Lins, que é também representante docente no Consuni apontou o caráter diversionista do projeto, apresentado como solução para o problema de asfixia financeira das IFES criado pelo próprio governo; destacou que o “Future-se” tenta romper o pacto constitucional de financiamento público das universidades, impõe às universidades uma renúncia à sua autonomia financeira e patrimonial, administrativa e até didático-científica – uma vez que o financiamento privado ditaria quais projetos e pesquisas seriam realizados – além de enfraquecer a carreira dos servidores e, por consequência, o próprio serviço público.
Ressaltou ainda que a Universidade nunca deixou de debater sobre si mesma e que nos últimos anos começou a se tornar mais diversa e mais representativa da sociedade brasileira, portanto, não pode aceitar nenhum projeto que ponha em risco este processo.”O Future-se é um programa que interrompe sonhos”, disse.
A professora Raquel Nery, presidenta da Apub, também fez uma fala, a convite da reitoria, na qual destacou o papel que o sindicato assumiu no debate e na oposição ao projeto, realizando atividades, indo às unidades e organizando a Plenária Unificada do dia 26 de setembro, na qual a comunidade UFBA – docentes, estudantes, servidores/as técnico-administrativos/as e trabalhadores e trabalhadoras em limpeza e vigilância – já haviam deliberado pela rejeição integral ao “Future-se”.