APUB SINDICATO DOS PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA

De mãos dadas com a democracia, pela universidade e por direitos

XIV Encontro Nacional do PROIFES começa resgatando a história e propondo desafios para a Federação

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O XIV Encontro Nacional do PROIFES-Federação começou nesta quarta-feira, 25, resgatando sua trajetória de 14 anos, vitórias e desafios para o próximo período. Realizado em São Luís, capital maranhense, o Encontro Nacional é a instância máxima de deliberação do PROIFES e este ano vai debater cinco temas principais, com mais de 40 textos e foco especial na história do PROIFES, nas questões de carreira e remuneração, e nas eleições de 2018.

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Na fala de abertura, o presidente do PROIFES, Nilton Brandão (Sindiedutec-PR) chamou a atenção para o desafio posto para a categoria nas eleições que acontecem neste ano, e no compromisso da categoria na luta para eleger candidatos comprometidos com a revogação da Emenda Constitucional 95. “Neste momento vivemos uma crise muito séria e que pode comprometer todas as conquistas dos últimos anos. O PROIFES não se destaca ao longo do tempo somente pelas pautas da carreira e diálogos, mas também pelo debate político de forma mais ampla sobre educação, e é isso que viemos fazer aqui”, afirmou o presidente.

O encontro começou com a apresentação de um vídeo institucional que contou a história do PROIFES, desde sua criação, em 2004, até 2018, ano em que a Federação fortaleceu e ampliou sua participação no debate público sobre educação superior, no Brasil e na América Latina. Gastão Correia, vice-presidente do SINDUFMA deu as boas-vindas aos participantes, e ressaltou a história do sindicato maranhense, cuja fundação foi baseada em um nova proposta de sindicalismo, democrático e plural.

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Na sequência, Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), falou sobre a importância da realização da CONAPE, da qual o PROIFES fez parte da coordenação com CNTE e Contee, e como é necessário manter a mobilizaçao e a união dos movimentos de educação para garantir o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), após a aprovação da Emenda Constitucional 95. “Queremos discutir uma política educacional que atenda os trabalhadores, mas principalmente a população brasileira. Nossa nossa luta pela educação nesse país ainda tem muito terreno a percorrer. Precisamos permanecer atentos”.

O contexto brasileiro pós-golpe, de retrocessos nas políticas sociais, foi o ponto de destaque e preocupação da vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva. ”Nossas organizações têm papel fundamental de analisar e propor políticas para o país. Precisamos de mais espaços como este encontro, de proposição e análises. Não há outra opção senão fazer a luta”, disse Fátima.

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Carlos De Feo, secretario general de Conadu, federação dos docentes argentinos, afirmou no momento de retrocessos pelo qual a Brasil e Argentina passam, é fundamental continuar fortalecendo as relações entre nossos povos “porque não há uma solução única para os problemas de cada país”, mas essa solução passa pela “construção de uma universidade democrática, plural e fortemente comprometida com as necessidades e lutas de sua população”.

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Natalino Salgado Filho, ex-reitor da UFMA, apontou as crises pelas quais o Brasil passa no âmbito político, econômico, social e ético. “As nossas instituições de ensino estão sentindo esse efeito, com sucateamento, extinção de programas relevantes”. Natalino destacou a importância do Encontro Nacional do PROIFES para “propor alternativas para um novo Brasil, soberano e democrático”.

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Na abertura também foi concedido o tradicional Prêmio PROIFES, que homenageia a cada ano um docente com histórico de lutas e contribuições à educação e ao ensino superior brasileiro. Nesta edição o prêmio foi concedido ao professor Gil Vicente Reis de Figueiredo (ADUFSCar-Sindicato), um dos fundadores do PROIFES, e com reconhecida contribuição para a formatação das carreiras das Instituições Federais de Ensino Superior, e para o debate sobre financiamento da educação brasileira e democracia.

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Emocionado, Gil Vicente destacou que “o PROIFES é uma construção coletiva, e ao ver esta sala repleta de pessoas hoje, acredito que acertamos. Espero que esta construção continue”, salientou Gil Vicente, encerrando a abertura.

Participaram da abertura mais de 150 pessoas, entre delegados e observadores, presidentes e delegações de todos os sindicatos federados ao PROIFES, e mais cinco sindicatos convidados, além de representantes de entidades parceiras. O XIV continua até o próximo sábado, 28.

Fonte: PROIFES-Federação