Dando sequência à Campanha Antirracista, as professoras Luciene Fernandes (IMRS/UFBA) e Renata Rodrigues (UNILAB/Malês) foram convidadas a responder a pergunta “O que é ser antirracista para você?”. As docentes enfatizaram um aspecto central nessa luta: a importância do protagonismo negro na desconstrução do racismo. Confira!
Luciene Fernandes (IMRS/UFBA)
“Ser antirracista é caminhar ao lado de quem foi apagado. É devolver corpo, nome e memória. É transformar o cotidiano em território de justiça. É garantir que pessoas racializadas sejam sujeito de suas histórias”.
Renata Rodrigues (UNILAB/Malês)
“Especialmente quando a gente pensa em epistemologias, metodologias negras, decoloniais, antirracistas, a gente tem que entender que tudo isso é uma uma reação, uma alternativa contra um pensamento hegemônico. E às vezes, por mais que a gente se declare antirracista, a gente ainda oprime pessoas negras no nosso cotidiano. A gente oprime questionando os seus saberes, as suas experiências, os seus valores, sem considerar todo o seu processo formativo e o seu entendimento de mundo. Então, ser antirracista é considerar epistemologias experiências negras e respeitá-las enquanto tal”.